Ingênuas almas: famílias negras, solidariedade e liberdade em Lages-SC (1871-1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Maurer, Jasmini Letícia
Orientador(a): Gritti, Isabel Rosa
Banca de defesa: Moreira, Roberto Staudt, Fraga, Gerson Wasen, Rocha, Humberto José da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4608
Resumo: Neste estudo, reconstituíram­se as experiências das famílias negras, partindo da figura dos ingênuos e ingênuas nascidos em Lages, na província de Santa Catarina, entre 1871 e 1888. Para tal, foram analisados os registros produzidos pela Igreja Católica — assentos de batismo, casamento e óbito — ações de liberdade, inventários post mortem, jornais de circulação provincial e local, o Censo de 1872, os relatórios do presidente de província e a legislação, especificamente a Lei nº 2.040/1871. Empregando uma abordagem qualitativa e quantitativa, adentra­se nas histórias das famílias negras e de seus componentes escravizados, livres e libertos, por meio do cruzamento nominal de fontes. Desse modo, e por intermédio da História Social e da Micro­História, acompanham­se os desdobramentos da legislação de 1871 em solo catarinense, bem como, as crianças nascidas sob égide do ventre livre e a sua organização familiar localizada nas porosas fronteiras entre a escravidão e a liberdade, buscando compreender os impactos na longínqua cidade. Por meio do cruzamento de fontes, pode­se interpretar as estratégias de compadrio, o “fazer família” e os caminhos das mães dos ingênuos até a liberdade e seu protagonismo na obtenção da emancipação.