Controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi Sydow & Sydow) com uso de fungicidas em cultivares de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gazzoni, André
Orientador(a): Mossi, Altemir José
Banca de defesa: Zonin, Valdecir José, Radünz, André Luiz, Forte, César Tiago
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3926
Resumo: O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, ficando atrás dos Estados Unidos. Esses dois países juntos produzem 66% de toda a soja do mundo. A soja é um dos principais produtos agrícolas brasileiro, sendo que a cadeia produtiva gera impactos no agronegócio sob as perspectivas econômica, social, ambiental, tecnológica e inclusive política. A cultura é usada para alimentação humana, animal, na geração de biocombustíveis, fármacos e remédios. A soja pode ser vulnerável à doenças, ocorrendo perdas expressivas que podem chegar a 100% quando nenhum método de controle for adotado. Dentre as doenças, a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) da soja, é uma das mais agressivas e com potencial de perdas superiores a 80% em diferentes regiões do mundo. O objetivo do trabalho foi analisar a eficiência e a viabilidade financeira de fungicidas aplicados em cultivares de soja para o controle da ferrugem asiática. O experimento foi instalado à campo no município de Cruzaltense/RS no ano agrícola 2018/19 em delineamento experimental de blocos ao acaso (DBC), arranjado em esquema fatorial 3 x 6, com quatro repetições. No fator A foram alocadas as cultivares de soja (BRS 6203RR; TMG7262RR; Zeus 55I57RSF IPRO) e no B os fungicidas (testemunha; [trifloxistrobina+protioconazol]; [triflo.+prot.] + mancozebe; [triflo.+prot.] + oxicloreto de cobre; [triflo.+prot.] + clorotalonil; e [triflo.+prot.] + mancozeb + oxicloreto de cobre + clorotalonil). As parcelas foram compostas por 9 linhas espaçadas a 0,50 m, com 5 m de comprimento. Foram realizadas 3 aplicações de fungicidas iniciando no estádio R1/R2 repetindo-se a aplicação a cada 18 dias. O volume de calda aplicado foi de 200 L ha-1 usando-se para isso um pulverizador de precisão propelido a CO2, o qual operou na pressão constante de 2 bar. Avaliou-se a incidência e a severidade da ferrugem da soja após a aplicação dos tratamentos. O número de vagens por planta e o número de grãos por vagem foram determinados na pré colheita da soja. Após a colheita, avaliouse a produtividade de grãos (kg ha-1), a massa de 1000 grãos e a germinação das sementes. Posteriormente, realizou-se a análise de viabilidade financeira dos resultados. Observou-se que o maior rendimento de grãos foi obtido com aplicação de [trifloxistrobina+protioconazol] + clorotalonil para a cultivar Zeus 55I57RSF IPRO diferindo estatisticamente dos tratamentos testemunha sem fungicida e [trifloxistrobina+protioconazol] + mancozebe. Já para a cultivar BRS 6203 RR o uso de [trifloxistrobina+protioconazol] + mancozebe + clorotalonil + oxicloreto de cobre foi superior a testemunha sem fungicida, porém igual aos demais tratamentos. Para a cultivar TMG7262 RR não houve diferença estatística para a variável rendimento de grãos em todos os tratamentos. A aplicação de fungicidas para controle da ferrugem asiática da cultivar TMG 7262 RR não foi viável financeiramente, ou seja, a diferença de rendimento de grãos resultante da aplicação de fungicida não foi suficiente para obter retorno financeiro superior ao da testemunha sem aplicação de fungicida. Os fungicidas multissítios mancozebe, oxicloreto de cobre e clorotalonil, reduzem a severidade da ferrugem asiática ao se comparar com os fungicidas de ação em sítio específico [trifloxistrobina+protioconazol] isolado para as cultivares BRS 6203 RR e Zeus 55I57RSF IPRO.