Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2021 |
| Autor(a) principal: |
Moterle, Juciela |
| Orientador(a): |
Sanceverino, Adriana Regina |
| Banca de defesa: |
Santos, Enio José Serra dos,
Santos, Almir Paulo dos |
| Tipo de documento: |
Dissertação
|
| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
|
| Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação
|
| Departamento: |
Campus Erechim
|
| País: |
Brasil
|
| Palavras-chave em Português: |
|
| Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4632
|
Resumo: |
Esta pesquisa, intitulada “A educação geográfica na educação de pessoas jovens e adultas – EJA/Erechim/RS”, tem o objetivo geral de compreender como a educação geográfica pode contribuir para a leitura de mundo que os sujeitos da EJA constroem acerca dos espaços da sociedade, buscando apresentar estudos teóricos para o aprofundamento dos conceitos relacionados à educação geográfica e ao trabalho na EJA. Os objetivos específicos são mapear produções que tratam da educação geográfica e do trabalho como princípio educativo na Educação de Jovens e Adultos(as); situar o contexto histórico da EJA no Brasil, no município de Erechim/RS e na instituição pesquisada; analisar os conceitos de trabalho que os estudantes indicam e como eles percebem o fenômeno trabalho na educação geográfica e situar os dispositivos pedagógicos que a educação geográfica dispõe para contribuir com a leitura crítica acerca do mundo do trabalho. A pesquisa é de abordagem qualitativa (Minayo, 2010), do tipo exploratória (Gil, 2008), e tem como técnica de análise dos dados a análise de conteúdo (Bardin, 2011), realizada a partir de dados empíricos obtidos com entrevistas semiestruturadas (Gil, 2002), com alunos(as) de EJA de uma escola de Erechim/RS. A base teórica que subsidiou a investigação compreendeu autores como Haddad e Di Pierro (2000), Di Pierro, Joia e Ribeiro (2001), Arroyo (2006, 2013), Laffin (2016), Sanceverino (2017), Thomaz (2002), Alves e Cardoso (2010), Santos (2011), Serra (2019), Kaercher (1996), entre outros. Foram identificados quatro eixos que se articulam na compreensão do fenômeno estudado: como os(as) alunos(as) da EJA veem a educação geográfica; a noção que eles possuem sobre o trabalho; a percepção que possuem sobre a influência da educação geográfica na maneira de entender o dinamismo da realidade social e a contribuição da educação geográfica na compreensão do mundo do trabalho. Os resultados indicam que os(as) participantes veem que a educação geográfica permite refletir sobre o espaço e as ações que acontecem nele. O trabalho representa para eles(as) a possibilidade de serem participantes ativos da sociedade, não se observando, porém, a ideia de trabalho como possibilidade de modificar o espaço e as demais estruturas da sociedade. Ainda verifica-se que percebem que, com a educação geográfica, adquirem conhecimentos sobre a transformação das sociedades, mas não demonstram perceber a amplitude da educação geográfica, abarcando o universo das ideias que regem os modelos políticos, econômicos e sociais das nações. Notam alguma contribuição da educação geográfica na compreensão do mundo do trabalho, todavia, não apontam para percepções e compreensões relacionadas à profundidade das transformações econômicas, políticas, sociais, culturais e, particularmente, ambientais. As conclusões desta pesquisa demonstram que, com aulas de Geografia direcionadas a buscar a identificação e a análise das relações que acontecem no mundo do trabalho, pode-se elevar a consciência crítica dos estudantes da EJA, de modo que consigam, ao terminar os seus estudos, expressar suas ideias sobre o mundo do trabalho, sobre as relações que envolvem o status de trabalhador(a) e, inclusive, lutar por melhores condições. Uma proposta de intervenção é apresentada como produto da pesquisa, visando colaborar para a qualificação da formação dos estudantes. |
