Arquivar, narrar, rememorar: um olhar sobre o Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas (1995-2010)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rosa, Poliane
Orientador(a): Souza, Fábio Francisco Feltrin de
Banca de defesa: Paula, Débora Clasen de, Kozenieski, Éverton de Moraes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4205
Resumo: Esta dissertação trata das noções de história presentes na produção historiográfica do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas fundado na década de 1990 no município de Getúlio Vargas localizado na região do Alto Uruguai, norte do Rio Grande do Sul. Para isto, desenvolveu-se uma análise das revistas lançadas pela instituição conjuntamente com as atas e discursos proferidos em aniversários e sessões solenes. O IHGGV é parte de um movimento de fundação recente de institutos históricos e geográficos de nível municipal que começaram a se multiplicar na década de 1980. A fundação da instituição acontece intimamente relacionada a mobilização de um grupo de professores que em parceria com a administração municipal vigente na época partem da profunda necessidade e investimento de resgatar/narrar a história do município e do desejo por produzir e institucionalizar memória. Sustentamos que a fundação não somente está afinada com o presentismo, como é causa e consequência da transição para o regime de historicidade presentista caracterizado pelo apego à memória e pelo comando da categoria do passado. Sabe-se então, que a instituição surge da necessidade por memória no seu caráter arquivistico, impulsionada por preservar, narrar, arquivar, rememorar e resgatar. Por fim, concluímos que produção historiográfica do instituto é marcada pela simbiose entre o conceito moderno de história (mas que ainda incorpora o velho topos da história magistra vitae) e o regime de historicidade presentista.