Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Francielly de Lima |
Orientador(a): |
Moura, Neide Cardoso de |
Banca de defesa: |
Silva, Ivone Maria Mendes,
Andreis, Addriana Maria,
Vicenzi, Renilda |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Campus Chapecó
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3812
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Resumo: |
Esta dissertação teve por objetivo a análise de imagens, na perspectiva de gênero, dos quatro livros didáticos aprovados pelo Edital do PNLD/2019 endereçados a professoras (es) da Educação Infantil. Os livros que tiveram como título: Aprender com a criança: experiência e conhecimento, da Editora Autêntica; Cadê? Achou! e Pé de Brincadeira, da Editora Positivo, e Práticas Comentadas para Inspirar, da Editora do Brasil foram analisados a partir do contexto interpretativo da teoria de Thompson (1995) articulada ao conceito de gênero proposto por Scott (1995; 2005; 2012), Butler (2018) e Louro (1997; 2001; 2011; 2018), bem como nos estudos sobre infância de Sarmento (2005; 2007; 2012), Ariès (1981) e Priore (2007), e sobre os estudos de livros didáticos dos autores Bittencourt (1993) e Choppin (2002; 2004). Este estudo possibilitou observar se as imagens veiculadas enunciavam desigualdades de gênero entre os personagens ilustrados em seus conteúdos. Para este intento, incorporamos a perspectiva metodológica da Hermenêutica de Profundidade (HP) proposta por Thompson a partir de suas três fases: a primeira fase correspondente à análise do contexto sócio-histórico, com a finalidade de conhecer os contextos específicos em que as formas simbólicas, ou seja, os livros didáticos, foram produzidos, construídos e reproduzidos; a segunda fase, a análise formal ou discursiva a partir da Análise de Conteúdo (AC) de Bardin (2016) e Análise de Imagens (AI) de Penn (2002), teorias que iluminaram a análise interna a essas formas simbólicas, e, a terceira fase sobre a interpretação e a reinterpretação das desigualdades de gênero como processo de síntese ao qual articulou-se aos resultados das fases anteriores. Das mil setecentas e trinta e quatro representações do gênero feminino e masculino selecionamos e analisamos trinta e cinco imagens, as quais possibilitaram apreender que as crianças pequenas se desenvolvem e se posicionam a partir de um lugar social e de olhares que são assumidos com base em uma concepção adultocêntrica. Nesse sentido esta observação nos permitiu verificar que as imagens veiculadas e escolhidas pelas autoras tenderam a reproduzir estereótipos de gênero ao sustentarem a visualização de um modelo patriarcal e, também racista, tendo em vista a fase de desenvolvimento da identidade infantil. Com isso, ponderamos que os resultados sobre a temática de gênero e suas desigualdades possibilitaram amadurecer os olhares para as imagens dos livros didáticos analisados. Propomos assim, socializar este estudo e expor a necessidade de mais olhares que possam revelar outros focos sociais sobre as desigualdades de gênero. |