Uso clínico e desempenho mecânico de instrumentos de NiTi tratados termicamente considerando-se sua resistência à fadiga cíclica e por torção e rugosidade da superfície

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Moreira, Edson Jorge Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28892
Resumo: O presente trabalho teve duplo objetivo. O estudo 1 investigou os efeitos do uso clínico de instrumentos endodônticos reciprocantes M-Wire na rugosidade e na resistência à fratura cíclica e por torção dos instrumentos de NiTi. O estudo 2, isolando a variável tratamento térmico, investigou o desempenho mecânico de instrumentos de liga NiTi austenítica original e tratada termicamente. Metodologia. Estudo 1: Instrumentos Reciproc R25 foram testados em quatro situações diferentes, instrumentos novos como recebidos, após o preparo clínico de um, dois ou três molares superiores padronizados com quatro canais radiculares (n = 10 por grupo). O tempo total necessário para realizar cada preparo foi registrado, assim como o tempo para fratura por fadiga cíclica foram registrados. O teste de torção avaliou o torque e ângulo de rotação até a falha de acordo com a ISO 3630-1. A rugosidade das partes de trabalho dos instrumentos novos e usados foi avaliada com um perfilômetro (n = 5 por grupo). Análise estatística foi realizada usando ANOVA unidirecional e teste de Tukey a 5%. Estudo 2: Instrumentos ProFile foram submetidos ao tratamento térmico em forno com atmosfera de argônio a uma taxa de aquecimento de 10°C/min. Após atingir as temperaturas de 450ºC ou 500ºC, o sistema permaneceu em temperatura constante por 10 minutos, seguido de resfriamento em água à temperatura ambiente. Em seguida, os três grupos de instrumentos (n=30 por grupo) foram comparados quanto à fadiga cíclica (n=10 por grupo), flexão (n=10 por grupo) e resistência à flambagem (n=10 por grupo). A superfície e o modo de fratura foram observados em um microscópio eletrônico de varredura. A análise estatística foi realizada por meio dos testes de ANOVA unidirecional e teste de Student-Newman-Keuls a 5%. Resultados. Estudo 1 - Não foram observadas fraturas ou deformações após o uso clínico. O tempo de preparo foi maior para os instrumentos usados três vezes. Não houve diferenças significativas entre os grupos em relação à fadiga ou resistência à torção (p > 0,05). Com relação às medidas de rugosidade, a profundidade do sulco foi maior em instrumentos novos e com um uso do que nos instrumentos utilizados duas ou três vezes (p < 0,05). Estudo 2: Os instrumentos adquiriram coloração amarelada e azulada após tratamentos térmicos a 450 ºC e 500 ºC, respectivamente. Os instrumentos ProFile originais apresentaram menor resistência à fadiga cíclica e maior resistência à flexão e à flambagem (P<0.05). Em contraste, os instrumentos ProFile azulados (tratados termicamente a 500°C) apresentaram maior resistência à fadiga cíclica e menor resistência à flexão e à flambagem (P>0.05). Conclusões – Estudo 1 – quanto maior foi o número de vezes de utilização, maior foi o tempo para o preparo e menor foi a rugosidade da superfície do instrumento; no entanto, o uso clínico não afetou a fadiga cíclica ou a resistência à torção dos instrumentos reciprocantes. Estudo 2 – os diferentes tratamentos térmicos realizados nos instrumentos ProFile aumentaram sua resistência à fadiga cíclica e melhoraram a flexibilidade e resistência à flambagem. Palavras-chave: Instrumentos odontológicos;