Avaliação do potencial antifúngico de derivados sintéticos frente a cepas padrão ATCC do gênero candida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Souza, Laís Cavalcanti dos Santos Velosco de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9524
Resumo: As espécies de fungo do gênero Candida estão frequentemente presentes na boca, na pele, na microbiota gastrointestinal de forma comensal, em mais da metade da população mundial. Contudo, a C. albicans é o principal agente causador de micoses sistêmicas. Atualmente, fatores como: a) maior incidência de infecções oportunistas, principalmente por pacientes imunocomprometidos; b) aumento da mortalidade vinculada a esses patógenos; c) aumento de cepas microbianas resistentes, incluindo cepas de Candida spp. e d) número limitado de drogas antifúngicas, em sua maioria com significante toxicidade, tornam necessária a pesquisa de novos protótipos com ação antifúngica e baixa toxicidade. Com o objetivo de determinar o perfil antifúngico de derivados sintéticos oriundos de diferentes classes químicas frente à cepas fúngicas da American Type Culture Collection – ATCC do gênero Candida e comparar com antifúngicos de uso clínico para determinação de um potencial terapêutico, foram testados 111 derivados de diferentes classes químicas, utilizando-se diferentes métodos incluindo-se testes de sensibilidade antimicrobiana, determinação da concentração inibitória mínima, teste de toxicidade in silico e uso de espectrofotometria de absorção para verificação dos efeitos sobre a viabilidade celular no teste de curva de crescimento. Do total de 111 derivados testados de 7 diferentes classes químicas (Hidrazonas; Sulfonamidas; Organofosforados; Pirazol; Pirazolona; Organometálicos e Naftouinonas), 12 apresentaram atividade antifúngica frente a diferentes espécies de Candida, são eles: quatro derivados de Naftoquinona (AN 04, AN 05, AN 06 e AN 07), um derivado de pirazol (PVQD 01), um derivado de pirazolona (PVY 08) e seis derivados organometálicos (VS 01, VS 02, VS 05, VS 07, VS 12 e VS 17). Dentre os derivados ativos, quatro derivados naftoquinônicos e um pirazol (PVQD 01) apresentaram valores de concentração inibitória mínima igual ou menor que 64 ug/mL, valores considerados promissores de acordo com o CLSI, e toxicidade in silico com baixo possível risco tóxico. Os testes de curva de crescimento realizado para os derivados que apresentaram concentração inibitória mínima menor ou igual a 64 ug/mL, indicou que o derivado de pirazol apresentou melhor atividade nas 07 primeiras horas com maior inibição do crescimento microbiano no T7, enquanto os derivados de naftoquinona apresentaram variados percentuais de inibição, apresentando um possível perfil fungistático, também observado no controle experimental utilizado, o fluconazol e o cetoconazol. Além disso, eles apresentaram um perfil recorrente e proporcional de acordo com as concentrações testadas, similar ao efeito dose-dependente comum aos fármacos de uso clínico, mostrando-se promissores. O derivado AN 05 mostrou maior destaque pois foi eficaz contra duas espécies de grande importãncia clínica, C. albicans e C. glabrata com inibição do crescimento microbiano no T48 de 58,7% e 48,6% respectivamente. Os resultados mostraram que a família das naftoquinonas possui um promissor potencial antifúngico frente às espécies do gênero Candida