Sulfato de amônio oriundo do reaproveitamento da água carbonatada do processo produtivo de pó de dióxido de urânio (UO₂) na agricultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vieira, Ronaldo Furtado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27706
Resumo: Mediante a necessidade de práticas de sustentabilidade, compromissos sócios ambientais e econômicos nos ambientes de produção, estudos para gerar novas aplicabilidades aos resíduos e rejeitos produzidos em unidades fabris, vem se tornando fundamentais. O objetivo deste trabalho foi analisar a equivalência do sulfato de amônio comercial (SAC) ao sulfato de amônio (SAI) obtido a partir do reaproveitamento do rejeito carbonato de amônio do processo de produção do urânio utilizado como combustível nuclear, bem como, verificar a concentração de atividade (CA) do urânio. O trabalho foi conduzido em dois locais distintos: na casa de vegetação, de março a junho de 2020, em parceria ao Laboratório de Solos e Plantas (LSP), localizado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ. Onde foram cultivados rúcula (Eruca Sativa L.) e rabanete (Raphanus Sativus L.) de forma paralela em vasos. Sendo que cada unidade experimental contendo quatro plantas (rúcula ou rabanete) alocadas ao acaso em arranjo fatorial duplo, onde os tratamentos consistiram em duas fontes (SAC e SAI) e quatro doses de nitrogênio (0; 50; 100 e 200 kg N ha¯¹ ), com três repetições por tratamento. No campo o ensaio foi realizado de novembro de 2020 a maio de 2021, no site da empresa Indústrias Nucleares do Brasil (INB), na cidade de Resende - RJ. Onde foram cultivados Aroeira Vermelha (Schinus Terebinthifolius) e Paineira Rosa (Chorisia Speciosa). O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso com três tratamentos e três repetições, totalizando 9 unidades experimentais. Onde os tratamentos consistiram em duas fontes (SAC e SAI) e quatro doses de nitrogênio (0; 50; 100 e 200 kg N ha¯¹), com três repetições por tratamento. A área total do experimento foi de 378 m², sendo que a área da parcela possuía 3m de comprimento por 3m de largura e 42 semeaduras (covas). Decorridos o tempo planejados dos ensaios, as plantas foram colhidas, separada em parte aérea e raízes na casa de vegetação e parte aérea no campo (folhas e galhos). Foram quantificadas e secas em estufa de circulação de ar forçada (65 ºC), pesadas e moídas. Previamente à condução dos experimentos na casa de vegetação e no campo, foi realizada a determinação de radionuclídeos no Laboratório de Análises Ambientais e Simulação Computacional (LAASC/UFRJ) nos fertilizantes utilizados (SAC) e (SAI), a partir de espectrometria gama, com base nas concentrações de atividade (CA), verificou-se que os fertilizantes estão abaixo do limite de isenção (LI) do órgão regulador que é 10 Bq/g¯¹ (CNEN, 2011), possibilitando assim a continuidade do projeto de pesquisa. Após os experimentos, foram realizadas as análises químicas no (LSP) e de espectrometria gama (LAASC) nos solos e plantas. De acordo com resultados das análises químicas realizadas, não foi observado diferença entre os tratamentos, demonstrando que ambos os fertilizantes (SAC e SAI) proporcionaram produção de massas frescas, massas secas e nutrientes (NPK) iguais estatisticamente. E de acordo com os resultados radiológicos (espectrometria gama) realizados no LAASC ambos os fertilizantes (SAC e SAI) proporcionaram resultados abaixo do limite de isenção, não havendo restrições ao uso conforme norma (CNEN, 2011), valendo o mesmo para os solos amostrados. As espécies tanto na casa de vegetação quanto no campo, apresentou excelente crescimento, de forma produtiva e saudável e do ponto de vista radiológico o SAC e o SAI não apresentam restrições ao uso. Os resultados indicam que os fertilizantes podem ser considerados equivalentes estatisticamente para a produção vegetal, e as espécies cultivadas não apresentam risco radiológico para o consumo humano ou animal.