Quis me dar exemplos prontos, logo eu que estudo a língua em uso: um estudo da construção com Logo X

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Araujo, Jocinéia Andrade Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24837
Resumo: O presente estudo objetiva descrever a construção gramatical com LOGO X, por considerá-la com um novo significado e nova forma, a partir de um novo uso nos contextos observados do PB: gênero meme e dados de fala. A construção gramatical em questão foge ao significado de origem do “logo”, com valor conclusivo ou temporal, e passa a um novo significado: a noção de contraste, que emerge do uso criativo e produtivo do falante. Com base nos estudos da Linguística Centrada no Uso (NEVES, 2011; CASTILHO, 2012; BYBEE, 2016; GOLDBERG, 1995; CROFT; CRUSE, 2004), a pesquisa descreve o pareamento forma/significado da construção com LOGO X. Dessa forma, considerando que “a língua é uma rede de construções”, o estudo objetiva demonstrar que a construção assume nova categoria sintática emergente a partir do uso: a de conector que assume ainda um significado de contraste, tendo a função pragmática focalizadora (ILLARI, 1992; CASTILHO, 2012). As novas funções serão associadas, na medida do possível, às do conector prototípico MAS, considerando-se os valores semânticos propostos por Neves (2011), e com base no processo cognitivo de categorização (BYBEE, 2016; LAKOFF 1987 e GARDNER, 1996). Os resultados mostram que a construção com LOGO X divide-se em 3 grupos, a partir da noção de frame (FILLMORE, 1982;1985 e 2008): (i) conector focalizador de contraste por oposição com avalição positiva, quando o replicador se julga ou julga o outro mais esperto que o antagonista; (ii) conector focalizador de contraste por oposição com avaliação negativa quando o replicador julga o antagonista pior do que o esperado pelo antagonista e (iii) focalizador temporal/espacial de contraste com a imagem quando o replicador julga o espaço/tempo inapropriado ao esperado por ele.