Radiodifusão em Angola e a emergência do novo modelo de consumo baseado na internet

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Evandeco, Eugénio da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
RNA
ARN
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33057
Resumo: A presente pesquisa faz uma análise da radiodifusão angolana, desde a colonização portuguesa até os dias atuais. Tem como objetivo caracterizar, de acordo com cada conjuntura, envolvendo os fatores sociopolíticos que marcam a história do país, e interpretar, na fase mais recente da comunicação social nacional, a expansão do meio na internet, dada o avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação e a constante convergência entre os meios. Durante os primeiros períodos da radiodifusão, percebeu-se que o rádio desempenhou um papel importantíssimo nas relações de poder, primeiro para a manutenção do colonialismo e posteriormente para a subversão do mesmo através dos movimentos sociais anticolonialistas que foram surgindo na década de 1961, a despeito das emissoras do Movimento Popular para a Independência de Angola (MPLA) e da Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA). Trabalha-se com a ideia de Poder Simbólico, de Bourdieu (1989), para entender as relações de poder no contexto colonial e o papel do rádio na legitimação do colonialismo, através da definição de parâmetros de acesso a fontes sonoras e acústicas de culturas colonizadoras, cenário que vai mudar com a emergência das novas emissoras. No âmbito da radiodifusão na internet, demarcado pela década de 2000, analisam-se as políticas públicas em torno das TIC, o acesso à Web rádio da RNA, focando na questão da infraestrutura e possibilidade econômica da população. Para tal, trabalhamos com a noção de "desigualdades digitais" ou "exclusão digital", que diz respeito às diferentes formas de acesso à informação na internet atreladas aos aspectos socioeconômicos e culturais. Utilizando a técnica de análise de conteúdo, com suporte de um questionário efetuado com 22 ouvintes/usuários, nacionais residentes e não residentes, nossos resultados apontam que apenas 31,8% ouvem a programação na internet. Destes que compreendem 7 pessoas, são ouvintes nacionais não residentes, com maiores possibilidades de acesso, o que torna necessárias políticas públicas nacionais para maior inclusão e, com isso, igualdade de acesso à informação na era digital.