Pré-universitários populares como agentes de inclusão social: o caso UFF

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Motta, Rosely
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24889
Resumo: O estudo analisou o caso dos cursos Pré-Universitários Sociais da Universidade Federal Fluminense, configurados como projetos de extensão, suas propostas de funcionamento para reduzir as desigualdades de acesso ao ensino de graduação por grupos em situação de vulnerabilidade econômica e o perfil da clientela atendida por estes projetos. O estudo foi realizado entre os anos de 2019 e 2021, incluindo aí o período da pandemia do novo coronavírus. Para realizarmos este estudo de caráter qualitativo, utilizamos a técnica de entrevista individual a partir de roteiros semiestruturados com membros da equipe executora dos projetos e gestores, A abordagem quantitativa foi realizada a partir da análise de relatórios e dados do perfil socioeconômico da clientela e dos envolvidos na execução dos projetos. A análise dos dados coletados nos permitiu verificar que a maior parte da clientela é formada por jovens e adultos, pretos ou pardos, oriundos de camadas da população caracterizadas pelos baixos rendimentos e que frequentaram escolas públicas. Além disso, verificamos que boa parte dos projetos de Cursos pré-universitários foi proposta por alunos da Universidade que buscaram apoio de docentes para institucionalizar suas propostas. Constatamos, ainda que, o isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19 dificultou o funcionamento dos cursos, provocou a evasão de parte da clientela oriunda de camadas sociais de baixa renda, pela perda do emprego, por não possuírem equipamento ou acesso à internet ou por não adaptação ao ensino remoto. Da mesma forma, professores e instrutores tiveram que se adaptar à essa modalidade de ensino. Consideramos, neste estudo, que as desigualdades educacionais são de origem racial e socioeconômicas e que a escola, apesar de ser considerada como produtora e reprodutora dessas desigualdades, configura-se com meio de ascensão social de grupos historicamente discriminados como pretos, pardos e população LGBTQIA+.