Avaliação da farinha de linhaça como estratégia no manejo de possíveis reflexos do estresse na saúde de animais
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/7669 |
Resumo: | O estresse, a partir de uma percepção do cérebro, ativa uma série de mecanismos neuroquímicos e endócrinos capazes de gerar inúmeras respostas do organismo que se tornam negativas quando exacerbadas, levando-o à exaustão. Diante dessa reação, o organismo passa a desenvolver processos patológicos, como alterações nas atividades cardiovascular e intestinal. Assim, inúmeros estudos têm focado na possível relação entre o estresse e a fisiopatologia de doenças, que também têm sido amplamente pesquisadas em associação aos alimentos com propriedades funcionais. Desses alimentos, a linhaça tem importante destaque pelo seu perfil lipídico, seu teor de aminoácidos, fibras, lignanas e outros compostos antioxidantes. O presente estudo tem por objetivo estudar a influência de uma dieta à base de farinha de linhaça sobre os possíveis reflexos do estresse na saúde. Para tanto, foi utilizado um desenho de dois fatores fixos, contendo dois níveis cada, no qual 24 ratos Wistar machos foram agrupados de acordo com a ração ofertada (caseína (GC) ou linhaça (GL)) e protocolo de estresse (submetido ao estresse (E) e não submetido ao estresse (NE)). Assim, os animais foram divididos entre Grupo Caseína Submetido ao Estresse (GCE); Grupo Linhaça Submetido ao Estresse (GLE); Grupo Linhaça Não Submetido ao Estresse (GLNE) e Grupo Caseína Não Submetido ao Estresse, representando o Grupo Controle (GC). Os animais receberam as dietas desde sua concepção até o final do experimento. Aos 60 dias, foi iniciado o protocolo de estresse para os grupos que passaram por este procedimento. Nele, os animais foram alocados em um tubo cilíndrico durante 20 minutos ao dia, dos 60 aos 88 dias de vida. Eles foram mantidos em gaiolas individuais, com temperatura constante (24 ± 2° C) e iluminação controlada com ciclo claro-escuro de 12h, recebendo água e ração ad libitum durante todo o ensaio. A pressão dos animais foi aferida antes do início e no último dia do protocolo de estresse. Ao final do experimento, os animais foram anestesiados com injeção intraperitoneal e tiveram o sangue e fezes coletados para análises. Os resultados mostraram que, antes do protocolo de estresse, os animais alimentados com linhaça apresentaram pressão arterial inferior aos alimentados com a ração controle (p = 0,000). Após o protocolo, houve diferença na pressão dos animais, na qual tanto a dieta (p < 0,0001) quanto o estresse (p < 0,0001) se mostraram influentes; contudo, a linhaça conferiu aos animais menores valores de pressão arterial mesmo após o estresse. A linhaça também se mostrou mais determinante que o estresse na dosagem hormonal (valor de p para o fator dieta: 0,00 e para o fator estresse: 0,12). Os níveis de corticosterona se encontraram reduzidos nos animais alimentados com ração de linhaça. A dieta foi capaz de influenciar o peso (valor de p = 0,014) e a umidade (valor de p = 0,214) fecal dos animais; dos quais, os alimentados com linhaça apresentaram maiores valores de peso e umidade de fezes. Com estes achados é possível observar a importância da linhaça na saúde, podendo ser considerada como alternativa no manejo da hipertensão, dos níveis elevados do hormônio do estresse e, ainda, da constipação. |