Mulheres professoras e a interseccionalidade interdisciplinar e transversal na prática docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lobo, Carla Marina Neto das Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23701
Resumo: Esta tese objetiva perceber de que forma é incorporada a discussão de gênero dentro de uma perspectiva “interseccional interdisciplinar e transversal” a partir do olhar das professoras da educação básica de uma escola pública da rede municipal de São Gonçalo/Rio de Janeiro. Por meio de uma pesquisa teórica e documental discuto as potencialidades e os desafios do Brasil em manter-se em um regime democrático, por conta do fortalecimento de grupos conservadores na sociedade brasileira e mundial. Nesse sentido, registra-se a origem do Movimento Escola Sem Partido e propõe-se analisar os impactos da chamada “ideologia de gênero” sob a perspectiva docente visando compreender a mulher professora no cotidiano escolar. No caminho dessa discussão, o estudo abre-se para o processo de reforma no setor educacional brasileiro encontrando na mulher professora a possível agente de transformação no fortalecimento da cidadania brasileira e democrática. Contextualiza-se, assim, gênero dentro de uma perspectiva “interseccional interdisciplinar e transversal”. A defesa da perspectiva de gênero na prática docente se aproxima da proposta emancipatória de ensino. A tese se estrutura a partir de um estudo de caso ao apresentar a cidade de São Gonçalo/Rio de Janeiro, o Bairro do Boaçu, o colégio analisado e as professoras que responderam aos dois instrumentos de pesquisa utilizados: questionário e entrevista. Dessa forma, finalizo situando os conceitos interseccionalidade, interdisciplinaridade e transversalidade”, nesta conjuntura social, objetivando compreender como essas mulheres contribuem com o debate sobre gênero, pluralidade cultural, sexualidade, orientação sexual, violência e diversidade no ambiente escolar. Por fim, concluo a tese com algumas considerações, entre elas destaco que as pistas identificadas no cotidiano das mulheres professoras entrevistadas as localizam distantes de uma prática pedagógica “interseccional, interdisciplinar e transversal” diante das demandas dos conteúdos curriculares e as questões gênero, sexualidade, orientação sexual, pluralidade cultural, violência e diversidade no ambiente escolar. Desempenham, em sua maioria, muito mais o papel na busca de práticas pedagógicas não engajadas e burocratizadas, apesar de se colocarem algumas vezes, na defesa de uma educação e de uma consciência cidadã. A contradição se faz presente em suas vidas quando algumas, mesmo sem saber, acabam por assumir o discurso do Movimento Escola Sem Partido ao compreender escolarização apenas como instrução. No entanto, também encontramos discursos que apontam a importância de uma educação cidadã