Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Daniela Otero da Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/30251
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Resumo: |
Introdução: O ameloblastoma é o tumor odontogênico epitelial mais comum, destacando-se pela diversidade histopatológica, capacidade infiltrativa, invasiva e alta tendência à recorrência. Neoplasias odontogênicas malignas são raras e se originam da transformação maligna de tumores, cistos ou remanescentes epiteliais. Ambos os grupos de tumores promovem extensa reabsorção óssea local, ocasionando mutilações e morbidade aos pacientes. A etiopatogênese dos tumores odontogênicos não está bem estabelecida, e estudos relacionados às proteínas envolvidas na atividade proliferativa, como ki-67, substância P e NK-1R e na reabsorção óssea como RANK, RANKL e OPG, auxiliam no entendimento do comportamento dessas neoplasias. Objetivo: Este trabalhou avaliou os fatores demográficos, clínico-patológicos e a imunoexpressão das proteínas relacionadas à reabsorção óssea e proliferação celular nos ameloblastomas e tumores odontogênicos epiteliais malignos. Material e Métodos: A casuística foi composta por peças cirúrgicas de ameloblastomas e tumores odontogênicos epiteliais malignos provenientes do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Antônio Pedro e da Divisão de Patologia do Instituto Nacional de Câncer no período de Janeiro de 1997 a Setembro de 2012. Outros oito casos foram incluídos de quatro centros de diagnóstico histopatológico, sendo três localizados no Brasil e um da Espanha. A imunoexpressão das proteínas RANK, RANKL, OPG, EGFR e Ki-67 foi identificada através da análise qualitativa e semi-quantitativa nos tumores. Para as proteínas SP e NK-1R, a quantificação foi realizada através da análise digital. Resultados: Do total de 41 casos, 28 (68,3%) eram ameloblastoma e 13 (31,7%) tumores odontogênicos epiteliais malignos. Os pacientes acometidos em sua maioria eram homens (68,3%), brancos (39,0%) e com idade média de 45,6 nos. Em relaçao à localização, a mandibula (75,0%) foi mais afetada pelos ameloblastoma e maxila (61,5%) pelas neoplasias malignas. Foram identificados 15 casos (44,1%) de recidiva. Apenas sete pacientes (14,6%) apresentaram outro tumor primário em diferente localização. O óbito foi registado em cinco (15,6%) casos. Na avaliação histopatológica do ameloblastoma, o subtipo folicular foi o mais frequente (46,4%). Em relação aos tumores odontogênicos epiteliais malignos, o carcinoma ameloblastoma foi o mais prevalente (46,1%). A imunoexpressão para todas as proteínas foi observada nos casos de ameloblastomas e tumores odontogênicos epiteliais malignos, sem apresentar diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos de tumores. No entanto, o padrão e a quantidade de imunomarcação apresentaram variações. Em relação ao estroma tumoral, a imunoexpressão foi observada para as proteínas RANK, RANKL, OPG e SP. A análise da sobrevida livre de doença revelou menor sobrevida para os pacientes acometidos por tumores odontogênicos epiteliais malignos, mesmo quando estes eram localizados na maxila. Além disso, notou-se menor sobrevida livre de doença com a maior expressão do RANKL nos ameloblastomas e menor sobrevida global com o padrão de imunomarcação do RANKL nos tumores odontogênicos epiteliais malignos. Conclusão: A maior expressão das proteinas envolvidas na reabsorção óssea e na proliferação sugere o envolvimento destas na patogênese dos ameloblastomas e dos tumores odontogênicos epiteliais malignos. |