Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Barbetta, Letícia Mara dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35955
|
Resumo: |
A síndrome gripal causada pela influenza, estimada globalmente em um bilhão de casos ao ano, pode desencadear síndrome coronariana aguda (SCA). Ademais, a doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de morte no mundo, com cerca de 9,14 milhões de mortes anualmente. Dessa forma, a vacinação contra influenza em pacientes com DAC tem sido estudada como ferramenta preventiva. Portanto, o objetivo desta tese é avaliar a efetividade da vacinação contra influenza em pacientes com de SCA e DAC estável, por meio de uma meta-análise de ensaios clínicos randomizados (ECR). O presente estudo seguiu a metodologia PRISMA e foi registrado na plataforma internacional de revisões sistemáticas e meta-análises (PROSPERO). A busca foi conduzida até setembro de 2021, abrangendo as seguintes bases de dados: Cochrane Controlled Register of Trials (CENTRAL), Embase, MEDLINE, www.ClinicalTrials.gov e a Plataforma Internacional de Registro de Ensaios Clínicos da Organização Mundial da Saúde. A estatística foi realizada por meio do método de Mantel-Haenzel com um modelo de efeitos aleatórios. A heterogeneidade entre os estudos foi avaliada por meio da estatística I². Foi considerado estatisticamente significativo um valor de p ≤ 0,05. Cinco ECRs foram incluídos, totalizando 4.187 pacientes. Dois estudos incluíram apenas pacientes com SCA, enquanto três englobaram pacientes com DAC estável e SCA. Quando analisados de forma conjunta, pacientes com DAC estável e SCA, a vacinação contra influenza reduziu significativamente o risco de mortalidade por todas as causas (razão de risco (RR) = 0,56, intervalo de confiança (IC) de 95%: 0,38-0,84, p = 0,005, I² = 12%), mortalidade cardiovascular (RR = 0,54, IC 95%: 0,37-0,80, p = 0,002, I² = 7%), eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) (RR = 0,66, IC 95%: 0,49- 0,88, p = 0,004, I² = 33%), e ocorrência de novo episódio de SCA (RR = 0,63, IC 95%: 0,44-0,89, p = 0,002, I² = 0%). No entanto, a vacinação contra a influenza não apresentou redução no risco de revascularização (RR = 0,89, IC 95%: 0,54-1,45, p = 0,64, I² = 53%), acidente vascular encefálico ou ataque isquêmico transitório (RR = 0,85, IC 95%: 0,31-2,32, p = 0,75, I² = 0%) e internação por insuficiência cardíaca (RR = 0,91, IC 95%: 0,21-4,00, p = 0,90, I² = 81%). A vacina contra influenza é uma intervenção barata e eficaz para reduzir o risco de mortalidade por todas as causas, mortalidade cardiovascular, MCA e novos episódios de SCA entre pacientes com DAC, especialmente naqueles com SCA. |