A trajetória de desenvolvimento da aglomeração produtiva de confecções de Nova Friburgo/RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Barros, Gabriel Amilton Bezerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32383
Resumo: Os espaços produtivos possuem dinâmicas socio-territoriais especificas, ditadas pelas condições de produção que as próprias indústrias demandam. No capitalismo contemporâneo, aponta-se a constituição de uma economia globalizada sob a forma de um mosaico de sistemas de produção regionais especializados em que aspectos políticos e institucionais interferem em questões econômicas e no desenvolvimento dos espaços produtivos. Almeja-se nesse trabalho caracterizar a dinâmica territorial e social do arranjo produtivo de confecções em Nova Friburgo, identificando os fatores sociais e econômicos que permitem sua reprodução. O estudo de caso optou por procedimentos metodológicos predominantemente qualitativos com os quais recuperou a formação histórica da indústria local, através de pesquisa bibliográfica; investigou os contextos locais com trabalho de campo e emprego de entrevistas semiestruturadas com gestores de órgãos públicos e atores de destaque no polo produtivo e; por fim, aplicou-se questionário voltado aos produtores locais que apontou os fatores que influenciam a existência e permanência desses na aglomeração produtiva. Constatou que a aglomeração de firmas é fruto de uma reestruturação produtiva que reuniu os fatores de produção que ainda hoje sustentam a produção: força de trabalho, matéria-prima, e capital, principalmente, máquinas. As naturezas formal e informal do trabalho arranjam-se sobrepondo vida cotidiana e laboral. A realidade social imprime sua marca nas relações econômicas de maneira que a aglomeração produtiva está assentada nas relações sociais, políticas e econômicas que a caracteriza. Essa dinâmica interna abre oportunidades, como uma reestruturação produtiva, quanto impõe restrições. A precarização das relações de trabalho, a subcontratação e terceirização, aponta a trajetória de desenvolvimento para uma especialização regressiva, predominando uma estratégia concorrencial baseada em redução de custos e de preços, reduzindo salários e a qualidade dos produtos. Essas dinâmicas, quando combinadas, afetam significativamente o potencial do polo produtivo friburguense, assim como afetam as dinâmicas de desenvolvimento territorial.