Avaliação da atividade imunomoduladora do extrato bruto da semente de pouteria caimito (Ruiz e Pav.) Radlk e de suas frações em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Almeida, Renata de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33791
Resumo: Introdução: Pouteria caimito é uma planta conhecida popularmente como abiu e o extrato bruto da sua semente (EBPC) ao ser administrada pela via intraperitoneal (IP), em camundongos, resulta numa leucopenia transitória e, uma redução de progenitores da linhagem linfocítica na medula óssea (MO). Hipótese: A administração do EBPC reduz o número de leucócitos circulantes e de populações celulares da medula óssea, como resultado de uma ação anti-inflamatória e/ou moduladora da resposta munológica. Objetivo Geral: Avaliar as atividades do extrato bruto de Pouteria caimito e suas frações nas respostas imunológica humoral e celular, e no modelo de hiperplasia cutânea induzida pelo óleo de cróton. Metodologia: Preparo dos extratos bruto de sementes de P. caimito (EB): extração proteica com NaCl 0.5M (EBsal) e com borato pH 10 (EBbor) seguido de fracionamento em coluna de cromatografia Sephadex G-50. Para avaliar a toxicidade aguda, camundongos receberam pela via IP diferentes concentrações dos EBs. Nos ensaios in vivo, grupos de camundongos receberam pela via IP 1000 ug/ Kg para caracterização fenotípica das células do sangue periférico (SP), baço, medula óssea (MO) e análise das fases do ciclo celular por citometria de fluxo. Na avaliação imunomoduladora os camundongos foram imunizados com 5ug de OVA associada à 2mg de hidróxido de alumínio (OVA+HA) ou OVA+HA associada ao EBsal ou EBbor e os níveis de anticorpos anti-OVA determinados pela reação de ELISA. A imunidade celular anti-OVA foi avaliada através da reação de hipersensibilidade retardada no pavilhão auricular. Para a avaliação do EB na reação inflamatória em modelo de dermatite não alérgica os animais receberam semanalmente uma instilação de óleo de cróton (OC) no pavilhão auricular durante 8 semanas e duas injeções semanais de EBbor pela via IP. Resultados: Nos ensaios in vivo com os EBs verificou-se no 40 dia, diminuição de leucócitos circulantes no SP com retorno ao nível basal no 120 dia. No baço, verificou-se uma redução de células recuperadas, assim como número de linfócitos B, no 80 dia. Por outro lado, as células T apresentaram elevações transitórias tanto na contagem relativa como na absoluta. Já na MO foram observados um aumento transitório de células recuperadas e caracterizado por uma redução do número de células B e nenhuma alteração de células T. Na análise das fases do ciclo celular, verificou-se que a administração do EBbor aumentou o percentual de células na fase subplóide ou sub G1 acompanhado da uma diminuição de células da fase G0/G1. As demais fases não foram afetadas. Os camundongos imunizados com OVA associada aos EBs apresentaram uma expressiva diminuição dos níveis de anticorpos IgG anti-OVA. A reação de hipersensibilidade tardia anti-OVA, a rejeição aguda de transplante de pele e a inflamação induzida pelo óleo de cróton não foram afetadas. Conclusões: A administração IP do EBPC em camundongos reduz células B no baço e na medula óssea sem alteração das células T. Além disso, ao ser associada na imunização reduz a produção de anticorpos. Esses achados demonstram a possibilidade de um promissor produto natural de origem vegetal com ação seletiva sobre as células B.