Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Situba, Nágila dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33469
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Resumo: |
A produção social de resíduos sólidos faz parte da existência humana. Estudos arqueológicos apontam que desde a pré-história já havia geração e disposição inadequadas de materiais de pós-consumo, no entanto, diferente da problemática dos resíduos de hoje, os da pré-história não tinham a composição química e biológica Nesse sentido, esta tese tem como finalidade compreender como a reciclagem constitui um processo espacial de caráter técnico e socioeconômico que envolve um complexo de redes de cooperação e de comercialização. Nessa rede, os catadores são os sujeitos responsáveis pelas atividades de base, e as cooperativas e associações são as organizações que articulam territórios por meio da comercialização com as empresas no Polo Industrial de Manaus. Diferente de outros lugares do Brasil, na região amazônica é o rio que comanda a fluidez de mercadorias e a destinação de resíduos sólidos para Manaus, por via do transporte fluvial. Nessa linha tênue da reciclagem, o poder público tem pouca participação na criação de organizações para catadores. Para tanto, os circuitos econômicos da reciclagem se apresentam imbricados em um processo de geração, produção e comercialização de resíduos sólidos. Metodologicamente, realizamos uma reflexão com base em uma pesquisa aplicada, recorrendo-se à pesquisa bibliográfica, coleta de dados primários mediante a pesquisa de campo nos municípios de Manaus, Iranduba, Itacoatiara, Careiro, Autazes, Novo Airão e Manacapuru, com a aplicação de questionários semiestruturados; coleta de dados secundária em sites e a vivência com os catadores para compreender as desigualdades sociais vivenciadas pelos profissionais da catação. De maneira geral, procuramos relacionar a produção de lixo com a de mercadorias, dessa forma, identificamos e cartografamos os dois circuitos da reciclagem e por fim compreendemos o mercado oligopsônio e as organizações de catadores. Os resultados obtidos mostraram que: as atividades de base são as responsáveis pela existência da reciclagem; milhões continuam sendo perdidos nos lixões a céu aberto; os catadores da Região Metropolitana realizam a catação em situações precárias, insalubres e desumanas; o mercado oligopsônio ainda apresenta muitas contradições; a reciclagem é um mito, pois só ela não consegue resolver a problemática dos resíduos sólidos; a logística reversa continua sendo o gargalo da Política Nacional de Resíduos Sólidos; o poder público não incentiva a criação de organizações voltadas para reciclagem. Portanto, a reciclagem precisa estar acompanhada de responsabilidade social da indústria e da educação ambiental da população, caso contrário, a tendência é o seu discurso se perpetuar por mais décadas, e a problemática se agravar ainda mais. |