Comunidades de prática: aprendizado e compartilhamento de conhecimento entre trabalhadores nas organizações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sousa, Clarice Francisco de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10849
Resumo: Analisa em que medida a participação em uma comunidades de prática (CoP), uma estratégia de gestão do conhecimento, pode gerar benefícios para os trabalhadores, além dos benefícios que são gerados para as organizações. Realiza uma discussão sobre o contexto de reestruturação produtiva e seus impactos em políticas e diretrizes educacionais que levaram ao desenvolvimento de novos modelos de educação e de novas estratégias de capacitação dos trabalhadores no ambiente empresarial. Apresenta conceitos e pilares da gestão do conhecimento e descreve como as organizações os adota, a fim de transformar os conhecimentos individuais dos trabalhadores em conhecimentos organizacionais. Também relaciona elementos verificados nesses conceitos e pilares a questões presentes no construtivismo social de Vigotsky, indicando como teóricos da gestão do conhecimento vem se apropriando e ressignificando essas questões. Discute, a partir de uma abordagem crítica, os conceitos, processos e tipos de comunidade de prática, assim como seu ciclo de vida e formas de avaliação de resultados. Busca levantar possibilidades que, em uma perspectiva contra-hegemônica, gerem contrapartidas para o trabalhador que participa das CoPs. Tem como campo empírico, uma comunidade de prática do setor de óleo, gás natural e energia, onde verifica, a partir da visão do trabalhador, as influências e benefícios da participação em uma comunidade de prática. Conclui que, embora uma comunidade de prática seja desenhada para responder aos desafios e proporcionar melhoria e inovação em processos de trabalho, gerando mais lucro para as organizações, ao se aproximar desse tipo de iniciativa, o trabalhador tem acesso a conhecimentos que não seriam obtidos de outro modo. Conhecimentos esses que podem ser, de acordo com a visão dos próprios trabalhadores, aplicados em outros contextos, gerando oportunidades de trabalho, desde que ele esteja no mesmo setor ou indústria. Destaca ainda a necessidade de manter uma busca continuada de possibilidades e oportunidades que, contraditoriamente, num contexto capitalista, possam proporcionar benefícios mais diretos para os trabalhadores.