Entre a subjetivação e a singularidade: os múltiplos devires das beneficiárias do programa Bolsa Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rocha, Rafael Borges Guimarães da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12598
Resumo: O presente trabalho insere-se na linha de pesquisa epistemologias do cotidiano e práticas instituintes, do Programa de Pós-graduação em Ensino, do Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior, da Universidade Federal Fluminense. Tem como proposta adentrar no campo molecular onde se encontram os processos de singularização que se dão dentro da subjetivação das beneficiárias do programa Bolsa Família. Para isso, lança mão de pensamentos filosóficos de Deleuze e Guatarri, percorrendo linhas de fuga que se dão nos processos de desterritorialização que se encontram em curso no cotidiano das envolvidas com o referido programa. Logo, serviram como ferramentas desta abordagem filosófica conceitos como: agenciamentos, desterritorialização, devir, linhas de fuga, micropolítica, nomadismo, singularização, subjetivação. O trabalho encontra-se dividido em três partes, sendo a primeira denominada “Para início de conversa”, onde se introduz toda a problemática da pesquisa, bem como a metodologia abordada e os processos de construção do texto final. A segunda parte traz a possibilidade de se experimentar os platôs, sendo o primeiro chamado de “O lugar e nós”, o segundo “Devir-beneficiária” e o terceiro “Discursos do eu pobre”. A terceira parte, denominada de “Finalizando a conversa”, traz as considerações finais, o apêndice e os anexos da produção. O grande foco do trabalho encontra-se ao meio (lugar tal que, segundo Deleuze, adquire-se velocidade), para onde foram trazidas as falas advindas do encontro entre o pesquisador e as parceiras-beneficiárias, em forma de platôs. A grande diferença entre os platôs e os capítulos de um texto encontra-se no fato de se poder tomá-los em leitura sem nenhuma ordem pré-estabelecida e que um platô pode estabelecer microconexões com outro. A metodologia de pesquisa de campo adotada foi batizada de cema e consta de um pote com termos/temas que, ao serem sorteados pelas beneficiárias, serviam como impulso provocador da fala. Para a tarefa de escrita do trabalho final, foi utilizada a metodologia que pode ser chamada de rizoma-cartográfica, que pôs-se a proporcionar a possibilidade de se perceber o universo molecular do programa Bolsa Família como território da micropolítica