Estudo da demanda da enfermaria do serviço de infectologia do Hospital Universitário Antonio Pedro no período de 1995 a 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferreira, Laura da Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Angra dos Reis
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8604
Resumo: Introdução: os dados que produzimos no trabalho médico do dia-a-dia raramente recebem um tratamento epidemiológico que, ultrapassando as necessidades clínicas do paciente individual, lhes permita contribuir para um diagnóstico coletivo. Estes dados próprios são, no entanto, de suma importância para uma melhor alocação de recursos humanos e materiais necessários à prestação de serviços médicos. A escassez de dados sobre este tema na literatura corrobora a importância de novos estudos sobre o assunto. O objetivo geral deste trabalho foi descrever e quantificar a demanda por admissões no Serviço de Infectologia do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense, no período de 1995 a 2016. Métodos: trata-se de um estudo observacional retrospectivo. A população de estudo consistiu dos pacientes admitidos no Serviço de Infectologia de 1995 a 2016. Os dados foram obtidos do arquivo médico informatizado mantido pelo Serviço e, quando necessário, dos prontuários armazenados em papel pelo Hospital. O banco de dados assim construído foi formatado para o programa IBM-SPSS versão 18.0. Resultados: houve 4691 admissões de janeiro de 1995 a dezembro de 2016. A maior parte delas correspondeu a pacientes do sexo masculino (59%) provenientes de Niterói (39%) e São Gonçalo (36,4%). As principais causas de admissões foram, em ordem decrescente, aids (1312; 28,0%), causas não infecciosas (447; 9,5%), meningoencefalites (432; 9,2%), infecções de partes moles (427; 9,1%), tuberculose (272; 5,8%), pneumonias (212; 4,5%) e leptospirose (212; 4,5%). Houve 864 reinternações, a maior parte delas por aids (563; 65,2%). A mortalidade institucional caiu de 16,9% no primeiro biênio do estudo para 5,0% no último e foi máxima (23,7%) na faixa etária acima de 69 anos. A mortalidade entre os pacientes com aids caiu de mais de 40% para cerca de 5% durante o período de estudo. Houve uma importante queda da demanda devida a doenças preveníveis por vacinação, como sarampo, difteria, tétano, coqueluche e meningoencefalites. Conclusões: o Serviço de Infectologia sofreu, nas últimas duas décadas, um aumento da demanda exercida por causas não infecciosas e por pacientes na faixa etária acima de 50 anos. A principal conclusão foi que ocorreu uma redução da demanda exercida por doenças preveníveis por vacinação e por crianças e adolescentes, além de importante redução da mortalidade geral e por aids