Efeito do sistema endocanabinóide na retina de modelo murino de retinose pigmentar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Magalhães, Camila Feitosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37368
Resumo: A retinose pigmentar é uma doença de alta incidência, manifestada pela gradual degeneração dos fotorreceptores e ainda não possui cura. Entre as moléculas com atividade de neuroproteção, os canabinóides tem se destacado por seus efeitos benéficos no sistema nervoso central e mais especificamente em danos de retina. Nesse trabalho, nós objetivamos modular farmacologicamente com o sistema endocanabinóide em um modelo murino de retinose pigmentar, o Pde6βrd10 (RD10) visando prolongar a sobrevivência dos fotorreceptores. Primeiro, nós examinamos possíveis modificações na expressão de receptores canabinóides CB1 e CB2 na retina de camundongos normais e com retinose pigmentar. Os RD10 demonstraram menor expressão de CB1 quando comparado ao C57 / Bl6 nas idades de P19 e P25. Entretanto, os resultados com o receptor CB2 sugerem um aumento na expressão nos RD10 comparado com o C57 / Bl6, sugerindo uma possível desregulação canabinérgica na retinose pigmentar. Nós também realizamos um tratamento diário com injeções intraperitoneais de URB937, um inibidor da FAAH (enzima que degrada a anandamida) nas concentrações de 3 e 5 mg/kg e o mesmo não apresentou diferença no curso de degeneração dos fotorreceptores em animais com 25 dias pós-natal. O mesmo aconteceu utilizando Anandamida exógena. Porém, a aplicação intraperitoneal de URB597, outro inibidor da FAAH, na concentração de 0,3 mg/kg sugere uma tendência a aumentar o número de fotorreceptores e a espessura da camada nuclear externa em animais com 19 dias pós-natal, e esse efeito foi perdido nas idades de 22 e 25 dias pós-natal. Nossos dados indicam que o sistema endocanabinóide pode ser um interessante alvo de pesquisa no contexto de degeneração da retinose pigmentar.