Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Pollery, Ricardo Cesar Gonçaves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/7710
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Resumo: |
O ecossistema Antártico há muito vem sendo caracterizado como uma região de alta concentração de nutrientes e baixas concentrações de clorofila, constituindo o “paradoxo antártico”. Muitos autores, porém vem mostrando que embora a biomassa fitoplanctônica seja baixa em algumas regiões, em outras esta biomassa pode ser bastante elevada, principalmente se associada a águas pouco profundas, ocasionando uma camada de mistura mais ativa ou ressurgências, sem depleção de nutrientes. Para a realização deste trabalho coletou-se água em profundidades que variaram desde a superfície até 200 metros no mar de Weddell,, no mar de Bellingshausen, no estreito de Gerlache e no estreito de Bransfield nas operações XXI, XX e XXI, verões de 2000/01, 2001/02 e 2002/03 no navio de apoio oceanográfico Ary Rongel. A dinâmica de nutrientes foi bastante diferente nas áreas amostradas, com valores de clorofila-a que não chegaram a serem detectados a valores de bastante elevados de 15x10 μg/L, como no estreito de Gerlache. O nitrogênio inorgânico dissolvido (NID) e o silicato tiveram variações semelhantes e encontram-se com valores elevados, mesmo quando houve consumo acentuados destes nutrientes pela produção primária. Esperava-se que o fosfato tivesse distribuição semelhante ao NID e ao silicato, mas em algumas regiões, as concentrações elevadas de fosfato coincidiam com os valores mais elevados de clorofila-a e em uma única região no mar de Weddell, concentrações muito baixas de fosfato coincidiram com valores muito baixos de clorofila-a, o que nos levou a acreditar num certo controle da produtividade primária pelo fosfato. A diferente distribuição de nutrientes encontradas nas regiões amostradas demonstram existir vários subsistemas, onde as condições variam conforme a profundidade local, proximidade de ilhas ou do continente, regime de ventos, cobertura de gelo, dentre outras variáveis físicas, químicas e biológicas. O projeto deste trabalho atualmente encontra-se inserido no Grupo de Oceanografia de Altas Latitudes (GOAL), pertencente à Rede 1 (Antártica, Mudanças Globais e Teleconexões com o Continente Sul-americano) do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). O GOAL propõe um plano de coleta e análise sistemática dos componentes físicos, químicos e biológicos do Oceano Austral, no intuito de contribuir na investigação de processos relevantes para a compreensão do impacto das mudanças globais neste ecossistema, além de possíveis conexões com a zona costeira do Brasil. |