Produção de um livro com orientações e práticas para mediação pedagógica do aluno surdo-autista: uma perspectiva bilíngue de escolarização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Dora Vieira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29344
Resumo: A escolarização de estudantes Público-alvo da Educação Especial (PEE), em geral, é percebida como complexa e desafiante, exigindo esforço não só dos responsáveis pela mediação pedagógica desses sujeitos aprendentes, mas também das instituições que os recebem e empenho da sociedade em efetivar a manutenção das Políticas Públicas para a garantia da equidade social e educacional. No caso de estudantes Surdos, é essencial que adquiram uma língua que favoreça o seu desenvolvimento cognitivo e sua especificidade linguística gesto/visual, como a Língua Brasileira de Sinais (Libras), pressuposto defendido por Vygotsky (1998), Skiliar (2013) e Campello (2018). Por sua vez, de acordo com Cruz, (2017), Nascimento (2016), Ortega (2009), Grandin e Panek (2015), para os estudantes com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é necessário entender, conhecer e respeitar a sua neurodiversidade para propiciar uma aprendizagem efetiva. Dessa maneira, quando nos remetemos a estudantes com as duas especificidades associadas, é importante que se discuta a caracterização da existência desses alunos nas escolas, visto que são incluídos como alunos com Múltiplas Deficiências. Acreditamos que isso não colabora para a sua visibilidade e não subsidia as possibilidades de aprendizagens significativas para esses sujeitos. Para ratificar o respeito à identidade já defendida pelos próprios Surdos e pelo movimento de neurodiversidade dos grupos de pessoas com TEA, adotamos a nomenclatura “Surdo-autista” com “S” maiúsculo e hífen, para defender que se trata de um sujeito único, que necessita de intervenções específicas. O fato de Surdos-autistas não serem identificados nas escolas, mesmo que possuam laudo, resulta na escassez de referenciais teóricos sobre o tema. Desta forma, este estudo propôs a investigação sobre as práticas pedagógicas na escolarização de alunos Surdos-autistas em uma instituição bilíngue (Português/Libras) de educação para Surdos. Participaram da pesquisa 11 (onze) profissionais de educação da instituição, os quais responderam a um questionário semiestruturado com perguntas abertas sobre a formação inicial e continuada, como também sobre suas práticas pedagógicas que consideram como efetivas para a escolarização dos alunos Surdos-autistas que atenderam durante suas atuações profissionais. Os dados coletados e analisados serviram de base para a elaboração do produto desta dissertação: um livro contendo sugestões de atividades práticas para mediação pedagógica de Surdos-autistas, aliadas às experiências da pesquisadora, apoiado por referenciais teóricos que defendem a língua de sinais, neste caso, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua de instrução dos alunos surdos para aquisição da língua majoritária do seu país, além da disseminação de informações sobre questões relativas à surdez e ao autismo.