Concentração sérica de íons e hormônios sexuais femininos e sua relação com os sintomas da síndrome pré-menstrual em mulheres jovens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Santos, Larissa Almenara Silva dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3314
Resumo: Os hormônios sexuais femininos influenciam alterações metabólicas durante o ciclo menstrual. Estas, são estudadas em mulheres com síndrome pré-menstrual (SPM) porém, no Brasil há poucas informações em mulheres sadias. O objetivo foi avaliar a concentração sérica de eletrólitos e hormônios esteróides femininos em mulheres jovens, na fase lútea do ciclo menstrual, e sua relação com os sintomas da SPM. Noventa e três voluntárias foram acompanhadas durante três meses. O estado nutricional foi avaliado baseado no Índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura e água corporal. Foram utilizados 3 “mapas de sintomas diários” para investigar a frequência de ansiedade, edema, depressão, constipação intestinal, diarreia, mastalgia e náuseas. No 1º mês, foi coletado 10 mL de sangue, após jejum noturno de 12 horas, na fase lútea (FL), para determinar hematócrito, hemoglobina, sódio, potássio, cálcio, magnésio, estrogênio, progesterona, hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH) e prolactina. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva através do programa GraphPad Instat®. A ingestão alimentar (energética, macro e micronutrientes) foi avaliada através de 6 registros: 03 na FL e 03 na fase folicular (FF) e utilizou-se o software NutWin® - programa de apoio à nutrição. O estado nutricional manteve-se inalterado porém, na FL, mais da metade (>62%) das voluntárias apresentavam água corporal acima da referência (>500mL/Kg). Os sintomas ansiedade, edema, depressão e mastalgia foram mais percebidos na fase menstrual do ciclo, de forma leve. Foi constatado voluntárias com hiponatremia (4,22%) e hipernatremia (7,04%); hipocalcemia (86,49%); hipocalemia (2,70%), hipomagnesemia (14,08%), hipermagnesemia (5,08%) e a presença de anemia em 24% delas. Quanto aos hormônios: estrogênio (<25,00%; >2,08%); progesterona (<22,54%; >14,08%); FSH (<10,17%; >30,51%); LH (<6,12%; >14,28%); prolactina (>22,53 %). Foi verificado maior (p<0,05) ingestão de energia (Kcal) (FL:1652,50 ± 408,08; FF:1550,99 ± 334,87), carboidrato (g) (FL: 223,54 ± 58,29; FF: 210,75 ± 49,17), proteína (g) (FL: 69,00 ± 18,64; FF: 65,08 ± 17,57) e lipídios (g) (FL: 52,67 ± 17,44; FF: 50,90 ± 14,51) na FL comparado com a FF (p<0,05). A ingestão dos micronutrientes foi inadequada: sódio (>27,14% FL; >21,74% FF), potássio (<100,00% FL e FF), cálcio (<90,00% e >10,00% FL; <97,10% e >2,89% FF) e magnésio (<90,00% FL; <92,75% FF). Apesar de o estado nutricional estar adequado, foi constatada grande frequência de voluntárias anêmicas e conclui-se que o ciclo menstrual parece alterar o equilíbrio eletrolítico e hormonal, provoca aumento da ingestão de energia e macronutrientes na fase lútea e favorece a exacerbação de sintomas pré-menstruais na fase menstrual do ciclo, em mulheres jovens