Estudo neurofisiológico na cefaleia em salvas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Modenezi, Leonardo Viguini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26909
http://dx.doi.org./10.22409/PPGMN.2020.m.13114033709
Resumo: A cefaleia em salvas é uma cefaleia primária que afeta menos de 1% da população, com sintomas de dor intensa e fenômenos autonômicos na face, unilateralmente. Acredita-se que sua fisiopatogênese esteja envolvida em um tripé fundamental envolvendo sistema trigeminovascular, reflexo autonômico trigeminal e hipotálamo. O objetivo do estudo foi realizar avaliação neurofisiológica da via nociceptiva do nervo trigêmeo (fibras Aδ e C) utilizando potenciais evocados pelo calor na pele no território do ramo maxilar do nervo em questão. Para tal, foram selecionados 11 pacientes e realizados os testes de estímulo de calor na face com o aparelho CHEPS da Medoc e, concomitantemente, captados os potenciais elétricos via EEG no ponto Cz do couro cabeludo, após medição pelo sistema 10-20. Os resultados da latência e amplitude das ondas geradas foram comparados com os mesmos parâmetros de pacientes sadios que participaram da normatização do aparelho utilizado. Verificou-se que houve diferença estatística na comparação das médias das amplitudes dos lados direito e esquerdo da face (p=0,035 e p=0,025, respectivamente) para um aumento da amplitude e, também, houve diferença estatística na comparação das médias do pico negativo da latência da hemiface esquerda (p=0,008) para uma diminuição da latência. Enquanto a comparação entre lados sintomático e assintomático da face não mostrou significância estatística. Tais achados não são compatíveis com alterações de lesões axonais ou mielínicas de nervos periféricos, o que nos sugere que possa ocorrer uma hiperexcitação neuronal no córtex somatossensitivo (ou até mesmo em neurônios talâmicos) desses pacientes, além de se fazer necessário tal estudo com amostra maior de pacientes.