Alencar por ele mesmo: José de Alencar e o seu, assim chamado, projeto de literatura nacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Azevedo, Felipe Vigneron
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30463
Resumo: José de Alencar deixou para a História uma extensa obra que se compõe de romances, poemas, dramas, crônicas, ensaios diversos, estudos sobre Direito, manuscritos que até o presente momento não foram tratados em sua totalidade, além de registros de polêmicas nas quais esteve envolvido. Participou ativamente dos debates do século XIX sobre nacionalidade, literatura brasileira e de outros que pairavam sobre um país recém independente. Há quem afirme veementemente que José de Alencar possuía um projeto literário nacional; contudo, até onde se pode alcançar, desconhecemos qualquer demonstração efetiva desse projeto, seja por ele mesmo, seja por seus estudiosos. Além de caracterizar um problema metodológico, portanto científico, pois as afirmações devem ser seguidas de provas efetivas para que se possam aceitá- las, assertivas como essas mais confundem do que contribuem, uma vez que a palavra “projeto” denota uma organização prévia e consciente, devidamente elaborada, a fim de se atingir um propósito. No presente trabalho, para tentar sanar essa questão, realizamos uma ampla pesquisa que envolve a trajetória intelectual de José de Alencar, perpassando as décadas de 1850 a 1870, cujo escopo será seus textos especificamente não literários, como prefácios, ensaios, incluindo dois textos publicados em sua juventude e pouco conhecidos, intitulados “A carnaúba” e “Traços biográficos: sobre a vida de D. Antonio Felipe Camarão”, respectivamente datados de 1848 e 1849, e documentos sobre as polêmicas das quais participou, cuja finalidade é investigar se efetivamente José de Alencar possuía um projeto consciente e metódico para a literatura brasileira, que convergisse para a construção de nossa nacionalidade.