Efeito da intervenção psicológica na ansiedade, depressão e qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rocha, Isaura Cristina Azambuja de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8875
http://dx.doi.org/10.22409/PPGCCV.2019.m.08818674706
Resumo: Justificativa: Pacientes com Insuficiência Cardíaca, frequentemente, apresentam sintomas depressivos, de ansiedade e impactos sociais e psicológicos que promovem mudanças na qualidade de vida. Intervenções com psicoterapia têm sido utilizadas em diferentes condições crônicas, inclusive cardiovasculares, demonstrando melhoria nos aspectos ligados à saúde mental. Apesar disso, não existem estudos que tenham avaliado o efeito da intervenção psicológica, sob a ótica da Psicanálise, em portadores de Insuficiência Cardíaca. Objetivo: Avaliar o efeito da intervenção psicológica de curta duração nos sintomas depressivos, de ansiedade e na qualidade de vida de pacientes com Insuficiência Cardíaca, acompanhados em uma clínica especializada. Método: Ensaio clínico randomizado controlado com pacientes ambulatoriais com Insuficiência Cardíaca em Niterói/RJ. Foram aplicadas escalas para avaliação da depressão (Inventário Beck de Depressão), ansiedade (Inventário Beck de Ansiedade) e qualidade de vida (Minessota Living with Heart Failure Questionnaire), antes e após uma intervenção psicológica, sob a ótica da Psicanálise, com duração de 12 sessões semanais. Resultados: O estudo envolveu 44 pacientes, sendo 23 do sexo feminino (52,3%), idade 65,6±11,3 e classe funcional NYHA I (23; 52,3%). 24 finalizaram, com 11 participantes do grupo intervenção e 13 do grupo controle. Para os desfechos ansiedade (p-valor=0,36) e depressão (p-valor=0,15) não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos controle e intervenção. No entanto, houve redução de sintomas de ansiedade e depressão de severos e moderados para leve e mínimo no grupo intervenção. Quanto à qualidade de vida, houve diferença estatística entre os grupos (p-valor=0,04), com efeito grande (d de Cohen=0,89). Conclusão: A psicoterapia de curta duração em pacientes ambulatoriais com Insuficiência Cardíaca mostrou impacto na qualidade de vida, particularmente na dimensão emocional, porém não evidenciou melhora sobre a depressão e a ansiedade, podendo ser decorrente do pequeno número de pacientes. A psicoterapia foi segura para os pacientes e deve ser implantada em clínicas especializadas por oferecer um espaço de escuta, reflexão e acolhimento sobre o adoecimento e questões pessoais