Integração de indicadores geoquímicos e biológicos na avaliação da contaminação de sedimentos por metais pesados em regiões costeiras do estado do Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Fiori, Cristiane da Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/5817
Resumo: A estimativa do risco de sedimentos contaminados afetarem a biota tem sido objeto de muitas pesquisas. No entanto, a maioria não tem examinado holisticamente o potencial tóxico dos sedimentos. Avaliações da qualidade do ambiente feitas apenas com análises químicas dos compartimentos físicos pode não refletir a biodisponibilidade dos contaminantes e menos ainda a sua toxicidade. Abordagens integradas têm se mostrado como alternativas bastante adequadas para avaliações preliminares de riscos ecológicos de sedimentos contaminados. A crescente degradação ambiental exige estratégias de controle da qualidade que sejam ao mesmo tempo acessíveis do ponto de vista dos recursos existentes e capazes de fornecer os indicadores necessários à identificação, hierarquização e priorização de problemas visando à tomada de decisão, a aplicação de recursos e formatação de políticas sítio-específicas ou universais, i.e., elementos fundamentais para uma gestão sócio-econômica-ambiental. Este trabalho tem por objetivo a proposição de um índice de qualidade de sedimento que integre componentes geoquímicos (Índice de Risco Ecológico Potencial) e biológicos (Fator de Bioacumulação em organismos bentônicos e Estrutura da Comunidade Bentônica) com a finalidade de hierarquizar áreas com diferentes níveis de contaminação por metal pesado. As áreas selecionadas para este estudo foram as Baías de Sepetiba, Ilha Grande, Ribeira e o Saco do Mamanguá. O IREP é um índice que avalia a qualidade do sedimento impactado por metal pesado, ponderando a toxicidade de acordo com as propriedades do metal. Este considera também o estado trófico do meio, como uma medida que afeta a biodisponibilidade dos contaminantes. As estimativas de risco de contaminação apresentadas, demonstraram que este índice foi capaz de hierarquizar as estações estudadas, sendo sensível inclusive para detectar situações de contaminação moderada. Analisaram-se os padrões de estruturação da comunidade bentônica bem como o nível taxonômico mínimo necessário para a identificação dos organismos, para que se tenha um diagnóstico realista da qualidade dos sedimentos. Os resultados apresentados pelos descritos da comunidade permitiram separar as áreas com diferentes graus de perturbação. O FBCs, obtidos a partir da análise da concentração do metal em tecidos de organismos bentônicos, como poliquetas e bivalves, mostraram ser eficientes elos da relação causa-efeito entre os valores fornecidos pelo IREP e as respostas encontradas na estrutura da comunidade bentônica. Estes três indicadores foram então agregados em um índice (denominado Índice de Qualidade de Sedimento - IQS) e testados para averiguar sua capacidade de hierarquizar áreas com diferentes graus de contaminação. O resultado apresentado pelo IQS foi satisfatório, pois conseguiu separar áreas mais degradadas de outras com moderada e/ou baixa contaminação.