Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Perini, Rudá da Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/31529
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Resumo: |
A presente tese tem como objeto o discurso presidencial oficial do trigésimo oitavo presidente do Brasil. O trabalho em tela encontra sustentação na Análise de Discurso materialista (AD materialista). Com base nessa perspectiva teórica e metodológica, investiga-se o funcionamento do discurso presidencial materializado na língua do trigésimo oitavo presidente brasileiro, denominada nesta pesquisa de LTO. Para tanto, investe-se na construção de um corpus discursivo que se constitui a partir de falas públicas oficiais, como discursos e pronunciamentos. A análise do material leva a um corpus estruturado em quatro eixos segmentados com base nas condições de produção dos discursos, quais sejam: povo em cena; militares em cena; bíblia em cena e pandemia em cena. Os objetivos desta tese estão dispostos em dois campos. O primeiro é o campo das investigações teóricas no qual estipula-se os seguintes objetivos: 1) refletir sobre a relação entre o sujeito-analista e seu objeto no bojo da Análise de Discurso materialista; 2) compreender aspectos históricos do fascismo a fim de iluminar as condições de produção que sustentam discursos fascistas; 3) investigar os sentidos da palavra fascismo em obras autorizadas que produzem formulações definidoras, como, por exemplo, “fascismo é X”. O segundo é o campo analítico, no qual são traçados os objetivos: 1) investigar as condições de produção que constituem o discurso presidencial em diferentes situações enunciativas; 2) apreender as posições-sujeito que nele se inscrevem; 3) identificar as formações imaginárias que o sustentam; 4) nomear as formações discursivas o constituem; 5) investigar os efeitos de sentido e os processos discursivos que nele funcionam. Portanto, algumas questões que movem esta investigação são: que mecanismos a língua do trigésimo oitavo presidente faz funcionar? Que sentidos ela materializa? Que filiações de memória ela institucionaliza? Por fim, conclui- se que a língua do trigésimo oitavo presidente é uma língua fascista, pois atualiza efeitos de sentido de uma formação discursiva fascista, reproduz funcionamentos característicos de discursos autoritários e serve como ferramenta de execução e naturalização de um projeto político fascista de poder. |