Questionário de avaliação da saúde mental de professores que atendem alunos com transtorno do espectro autista no ensino infantil e no ensino fundamental de Uberaba-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Messina, Shabbina Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37457
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição de saúde caracterizada por déficit da comunicação (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito e movimentos repetitivos). Indivíduos autistas têm o direito de fazer uso de todos os benefícios que a inclusão oferece na rede regular de ensino. Os professores, sejam das classes regulares, mediadores ou de Atendimento Educacional Especializado, são peça-chave no processo de inclusão escolar desses estudantes e precisam não apenas receber formação adequada, mas também de condições materiais e mentais satisfatórias para exercerem a sua profissão. A docência está classificada mundialmente como a segunda profissão com os maiores índices de manifestações de doenças ocupacionais e isso pode influenciar diretamente no comportamento, desenvolvimento e aprendizagem de crianças com TEA. O objetivo dessa pesquisa foi elaborar, validar e aplicar um instrumento para avaliar o nível de sobrecarga de professores que atendem crianças com TEA. Foram coletados 162 questionários contendo 60 questões objetivas de professores do Ensino infantil e do Ensino fundamental I da rede municipal de Uberaba-MG. Os dados mostram que os professores estão sobrecarregados com suas jornadas de trabalho, tendo pouco tempo para se dedicar a familiares, ao lazer e ao auto-cuidado. Quase a metade dos professores considera a estrutura física das escolas ruim ou regular e apenas 23% relatam a existência de local adequado para acolher o aluno com TEA nos seus momentos de desorganização. Os educadores vivenciam uma variedade de sentimentos ao trabalhar com alunos com TEA. Atender a um aluno com TEA impacta um pouco ou muito mais na saúde mental (55% dos professores), algumas vezes, quase sempre ou sempre se traduz em dar menor atenção aos familiares (29%) e algumas vezes, quase sempre ou sempre impossibilitou ou deixou indispostos os professores (25%). Espera-se que os resultados deste estudo sirvam para a doção de medidas que atenuem a sobrecarga de professores que atendem crianças com TEA e outros transtornos e deficiências, com vistas não apenas a melhorar a saúde mental e física desses trabalhadores, mas também promover um ambiente de aprendizagem mais justo e acolhedor.