Urolitíase: estudo de prevalência e fatores associados em população extraída de um programa de atenção primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pinto, Rachel de Souza Filgueiras
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11036
Resumo: Introdução: A urolitíase é uma doença comum e recorrente, cuja relação epidemiológica com o diabetes mellitus e a hipertensão arterial já é bem conhecida. Nas últimas décadas houve um aumento da prevalência de urolitíase em paralelo à pandemia de síndrome metabólica. Neste contexto, os dados brasileiros ainda são escassos. Objetivos: Estimar a prevalência de história de urolitíase em uma amostra não randomizada de adultos em nível de atenção primária e analisar sua associação com a hipertensão arterial, diabetes mellitus e síndrome metabólica. Métodos: Estudo transversal incluindo indivíduos adultos (hipertensos, diabéticos ou controles) adscritos ao Programa de Médico de Família de Niterói - Rio de Janeiro, Brasil. Os participantes foram avaliados através de questionário padronizado e submetidos a avaliações clínica e laboratorial. Os dados foram coletados entre julho de 2006 e dezembro de 2007, e analisados em 2011. O diagnóstico de síndrome metabólica baseou-se no critério harmonizado. Resultados: Foram avaliados 740 adultos (M:F = 0,85; média de idade 43 + 12 anos; 30% brancos e 70% não brancos; 19,3% de diabéticos; 31,8% de hipertensos). Aproximadamente metade da amostra apresentava síndrome metabólica (42,5%). A prevalência global de história de urolitíase foi 10,1%. História positiva foi encontrada em 14,0%, 10,2% e 8,6% dos diabéticos, hipertensos não diabéticos e controles, respectivamente. A cor da pele branca (P<0,001), presença de síndrome metabólica (P=0,003) e história familiar positiva (P=0,001) foram independentemente relacionadas à história de urolitíase. Os portadores de síndrome metabólica apresentaram maior acidez urinária (P=0,006), maior natriurese (P=0,012) e maior uricosúria (P=0,004) em relação aos demais. A prevalência de litíase aumentou de forma proporcional ao número de critérios de síndrome metabólica. Conclusões: A síndrome metabólica é um fator essencialmente modificável que está associado ao aumento progressivo da prevalência de urolitíase, conforme acumulação de seus critérios diagnósticos. Estes achados reforçam o elo recém-sugerido entre urolitíase e fatores de risco cardiovascular