Caracterização fenotípica e genotípica de Streptococos beta-hemolíticos do grupo C e G isoladas de humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza Junior, José Paulo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6125
Resumo: Os estreptococos beta-hemolíticos dos grupos C e G de Lancefield, em particular, Streptococcus dysgalactiae subsp. equisimilis (SDSE) e os estreptococos do grupo Streptococcus anginosus, são frequentemente isolados de amostras clínicas humanas. É notória a semelhança entre SDSE e Streptococcus pyogenes, no que diz respeito às manifestações clínicas e à presença de fatores de virulência, entre estes, a proteína M, considerada o mais importante fator de virulência e marcador epidemiológico de tais infecções. Com a significativa incidência de infecções causadas por esses microrganismos em todo o mundo, há também, paralelamente, um aumento no número de amostras resistentes aos antimicrobianos, em especial aos macrolídeos. Neste estudo, estreptococos beta-hemolíticos dos grupos C e G isolados no período de 2008 a 2013 de residentes da região metropolitana do Rio de Janeiro, foram identificados ao nível de espécie e submetidos ao teste de susceptibilidade aos antimicrobianos, à investigação dos determinantes genéticos de resistência a macrolídeos e à determinação do tipo emm, gene que codifica a proteína M. A diversidade genética das amostras foi avaliada pela análise do perfil de restrição do DNA por eletroforese em gel em campo pulsado (PFGE). Das 50 amostras, 44 foram identificadas como SDSE, cinco como Streptococcus anginosus e uma como Streptococcus constellatus. Todas as amostras foram susceptíveis a penicilina G, ceftriaxona, levofloxacina e vancomicina. Foi observada resistência à tetraciclina em 38,6% das amostras de SDSE e 83% das amostras do grupo S. anginosus. Um total de 10 amostras apresentou resistência à eritromicina, sendo SDSE (8) e grupo S. anginosus (2), com CIMs variando entre 0,5 e >256μg/mL. Foram detectados diferentes fenótipos e genótipos de resistência aos macrolídeos: M (6), MLSBc (2), MLSBi (2) e mefA/E (6), ermA (3), ermB (1). Um total de 21 tipos e subtipos emm foi detectado entre SDSE, sendo stG653.0 o prevalente. Foram detectados seis novos subtipos emm. Diferentes tipos emm foram associados a resistência aos macrolídeos. No PFGE diferentes perfis de restrição do DNA cromossômico foram obtidos, demonstrando a grande variedade genética entre estas amostras. Chama a atenção a resistência a macrolídeos, que além de elevada, foi associada a diferentes fenótipos e genótipos, o que pode comprometer o tratamento de infecções causadas por estes microrganismos.