Resposta tecidual da leishmaniose visceral canina: imunomarcação de foxp3 e il-12 e análise qualitativa de colágeno por meio da coloração vermelho de picrosirius sob luz polatizada em amostras esplênicas de câes naturalmente infectados.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Freire, Alessandra Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34965
Resumo: A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma zoonose cosmopolita, potencialmente fatal, transmitida pela hematofagia de flebotomíneos Lutzomya longipalpis, e que tem a Leishmania infantum como principal agente etiológico. A presença do parasita no organismo do hospedeiro ativa uma série de respostas que impedem a efetividade do sistema imunológico parasitado. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a resposta tecidual esplênica de cães naturalmente infectados por Leishmania infantum. O estudo contemplou 49 amostras de baços, previamente processadas pela técnica de hematoxilinaeosina (HE), que foram analisadas e catalogadas em relação às alterações microscópicas encontradas, grau da inflamação, presença de amastigotas e intensidade parasitária e grau de desorganização esplênica. Processadas para imuno-histoquímica para avaliação da imunomarcação de Foxp3 e IL-12, quanto à presença de células imunomarcadas e grau de intensidade, respectivamente, e, submetidas à técnica de coloração vermelho de picrosirius para análise qualitativa de colágeno sob luz polarizada. A microscopia evidenciou infiltrado inflamatório linfoplasmocítico e macrofágico, amastigotas, granulomas e alterações em folículos linfóides. Houve também marcação nos tecidos tanto para IL-12 quanto para Foxp3. O arcabouço esplênico se mostrou com graus elevados de desorganização. As fibras colágenas do tipo I foram as mais observadas em diversos compartimentos esplênicos. Em apenas um caso foi observado predominância das fibras de colágeno tipo III. A pesquisa traz a luz diversas alterações microscópicas de relevância, principalmente a respeito do arcabouço esplênico, e imunomarcadores que reforçam a atuação de citocinas e células regulatórias no curso infeccioso da LVC. Além disso, expõe modificações na apresentação das fibras de colágeno no tecido infectado, elucidando a valia de se aprofundar no entendimento das respostas teciduais, suas alterações e correlações como o principal caminho para a sapiência da patogênese da LVC.