Suplementação com cromo orgânico na dieta de vacas girolando sob estresse calórico em câmara climática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ribeiro, Liliana dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22229
http://dx.doi.org/10.22409/MPVCV.2020.d.10795432607
Resumo: É sabido que as condições do ambiente nos trópicos causam grandes prejuízos econômicos à produção animal, impactando na produção de leite e o desempenho reprodutivo. O presente estudo teve como objetivo avaliar a suplementação com cromo orgânico na dieta de vacas girolando em lactação sob estresse calórico em parâmetros produtivos, reprodutivos e metabólicos. Trinta e seis vacas girolando em lactação foram submetidas a dois ensaios sequenciais. No ensaio 1 (ambiente termoneutro) foi avaliado o efeito da suplementação com cromo (0 vs. 0,50 mg/kg de matéria seca). No ensaio 2 as vacas foram alimentadas com as mesmas dietas, porém foram divididas em três condições ambientais: condições de estresse calórico em câmara climática, alimentadas ad libitum (HS); ambiente termoneutro, alimentadas ad libitum (TN); ambiente termoneutro, pair-fed (PF). A suplementação com cromo orgânico não alterou o consumo de matéria seca, a produção de leite nem os parâmetros reprodutivos avaliados neste estudo. Sob condições termoneutras, a suplementação com cromo não afetou os parâmetros metabólicos avaliados. Durante o estresse calórico, a suplementação com cromo diminuiu as concentrações de glicose no plasma (61,17 ± 1,90 vs. 67,11 ± 1,90 mg/dL) e aumentou a relação insulina: glicose (0,39 ± 0,04 vs. 0,27 ± 0,04). Vacas alimentadas com a dieta controle no grupo HS apresentaram valores mais altos de temperatura vaginal (39,40 ± 0,10 °C) do que as vacas dos grupos TN e PF (38,89 ± 0,10 °C e 38,85 ± 0,11 °C, respectivamente). No entanto, as vacas suplementadas sob estresse calórico mantiveram a mesma temperatura vaginal que as vacas em condições termoneutras. Comparando as duas dietas na condição HS, as expressões gênicas hepáticas do transportador de glicose 2 (GLUT2), glicose-6-fosfatase (G6Pase) e receptor de hormônio de crescimento (rGH) foram downregulated (P<0,05) nas vacas suplementadas com cromo orgânico em comparação com as vacas alimentadas com a dieta controle. Para as vacas alimentadas com a dieta controle, a expressão de GLUT2 foi upregulated (P<0,05) no grupo HS e o fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF1) foi downregulated (P<0,05) no grupo PF em comparação com o grupo TN. Não foram observadas diferenças na abundância relativa de GLUT2, fosfoenolpiruvato carboxiquinase (PEPCK), G6Pase, rGH e transcritos de IGF1 entre as diferentes condições ambientais para vacas suplementadas. Em conclusão, a suplementação de cromo melhorou o metabolismo da glicose e impediu o aumento da temperatura vaginal sob condições de estresse calórico. Além disso, o estresse calórico causou alterações na expressão gênica relacionadas ao metabolismo da glicose no fígado, e o cromo orgânico apresentou capacidade de modulação sobre o metabolismo da glicose em animais sob estresse calórico