Mulheres do fim do mundo: (des)encontros entre maternidades e violência doméstica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Hosken, Safira Linhares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37362
Resumo: A violência contra a mulher trata-se de uma das problemáticas arraigadas na sociedade brasileira. Um enraizamento que nos remete às origens da constituição desta sociedade patriarcal, escravocrata e maternalista, responsável por manter o sofrimento e aniquilamento de mulheres até os dias atuais. Contudo, indo na contramão de um pretenso universalismo das experiências ditas femininas, tentou-se compreender com esta pesquisa, quais seriam as especificidades e atravessamentos de ser uma mulher-mãe vivenciando uma situação de violência doméstica juntamente dos seus filhos(as). Afinal, a partir da experiência de escuta à mulheres vítimas de violência, foi identificado o quanto a perpetração da violência contra a prole aparece no discurso de grande parte delas, como fator propulsor ao rompimento da espiral violenta que elas mesmas vivenciam. Portanto, com o objetivo de identificar possíveis determinantes sociais relacionados a este fator de rompimento, foi realizado um estudo qualitativo, a partir da produção e análise de um diário de campo elaborado com base nos inúmeros encontros entre mulheres-mães vítimas de violência: sejam elas artistas ou não. As discussões pertinentes ao estudo foram realizadas pela ótica interseccional. Sendo assim, apontamos a importância do lugar da maternidade como um marcador social da diferença na análise interseccional dos casos de violência doméstica contra mulheres