Desenvolvimento de equações de predição da composição corporal em idosos a partir de parâmetros da bioimpendância elétrica e antropometria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Agnes Ciafrino Castro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34355
Resumo: Introdução: O processo de envelhecimento leva a modificações na composição corporal e essas modificações podem implicar agravos à saúde da população idosa. Nesse contexto, determinar a composição corporal de forma mais precisa torna-se relevante. A antropometria e a bioimpedância elétrica (BIA) aparecem como opções mais simples e acessíveis para se obter informações da composição corporal. Objetivo: Desenvolver equações de predição da composição corporal em idosos a partir de parâmetros da bioimpedância elétrica. Métodos: A amostra foi composta por 389 homens e mulheres com idade igual ou superior a 60 anos. A composição corporal foi avaliada por absorciometria de raio-X de dupla energia (DXA) e BIA. O equipamento usado na BIA foi a balança Tanita BC-418. As medidas antropométricas foram feitas em duplicata, sendo elas: estatura (EST), perímetro do braço, perímetro da coxa, cintura menor (PC), cintura, perímetro abdominal e perímetro da panturrilha (PANTU). A partir das informações de composição corporal obtidas pelos diferentes métodos foram calculadas as seguintes variáveis: índice de massa corporal, índice de massa muscular apendicular e o índice de resistividade. Todas as análises foram realizadas utilizando o pacote estatístico R Core Team (2022) versão 4.2.0. Os resultados foram considerados estatisticamente significativos no nível crítico de 5% (p < 0,05). Resultados: Foram avaliados no estudo 389 indivíduos, sendo 110 homens e 279 mulheres, com idade variando entre 60 e 91,6 anos. Os valores médios de percentual de gordura corporal, massa livre de gordura, massa gorda e massa muscular apendicular obtidos por DXA foram estatisticamente diferentes dos valores obtidos por BIA para ambos os sexos. A partir das análises de concordância pelo método de Bland & Altman e pelo método de Pearson, utilizando a análise de regressão múltipla pelo modelo stepwise, foram geradas as seguintes equações: Mulher: MLG = -14,0 + [0,45 × IR(Ω)] + [0,19 × MC(kg)] + [15,0 × EST(m)]; MMA = -11,0 + [0,22 × IR(Ω)] + [0,10 × MC(kg)] + [6,20 × EST(m)] + [0,08 × PANTU(cm)]; Homem: MLG = 18,0 + [0,48 × IR(Ω)] + [0,33 × MC(kg)] + [-0,17 × PC(cm)]; MMA = 0,23 + [0,21 × IR(Ω)] + [0,18 × MC(kg)] + [-0,13 × PC(cm)] + [0,28 × PANTU(cm)]. Conclusão: a BIA utilizada não estima de forma satisfatória a composição corporal em idosos, subestimando a massa gorda. Desta forma, o desenvolvimento das equações específicas para essa população, se tornou essencial para tornar a BIA uma alternativa confiável, portátil e fácil de usar, substituindo a DXA. De toda forma, ainda se faz necessária a validação das equações geradas, a fim de garantir a veracidade de seus resultados.