Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Moura, Ana Carolina Machado Russo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/10680
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Resumo: |
A tuberculose (TB) é uma doença que reemergiu nas últimas décadas e se manteve em evidência como um grande problema de saúde pública. Apesar da antibioticoterapia aliada a formulação de políticas para seu tratamento, controle e prevenção, esta enfermidade foi a primeira causa de mortes por doenças infecciosas no mundo em 2014. O Brasil está entre os 22 países responsáveis por 80% dos casos de TB, enquanto que o Estado do RJ apresenta um dos piores cenários nacionais, com altas taxas de incidência e mortalidade. O abandono da terapia com consequente agravamento da doença é um dos principais responsáveis por esse quadro atual. A estratégia do tratamento diretamente observado (TDO) tem como objetivo garantir o comprometimento do paciente, do profissional de saúde e do governo com o tratamento, por meio da supervisão da tomada do medicamento. Este estudo teve como objetivo analisar os custos envolvidos no tratamento da TB pulmonar sem resistência e com multirresistência (TBMR); desenvolver modelos de árvore de decisão para análise de custo-efetividade (ACE) do TDO para os novos casos e casos multirresistentes no Estado do RJ; e simular a expansão da cobertura do TDO para novos casos. Construíram-se duas árvores de decisão que simularam a progressão da doença por 6 meses, TB sem resistência, e 2 anos, TBMR. Para a ACE foram comparadas as estratégias do tratamento autoadministrado (TAA) e o TDO com abrangência de 100%, enquanto que para ampliação da estratégia foi utilizada a cobertura atual de 48% e 100%. Considerou-se o padrão epidemiológico do Rio de Janeiro, em indivíduos adultos de ambos os sexos sem distinção econômica. A perspectiva adotada foi do Sistema Único de Saúde (SUS) para fins de análises de custos e consequências clínicas. Todos os desfechos foram submetidos a variações para verificação de existência de sensibilidade paramétrica. O trabalho encontrou que os custos com TDO impactam no custo do tratamento, chegando a aumentar três vezes o valor na TB sem resistência e 30% na TBMR. A ACE mostrou que o TDO é custo efetivo para os casos novos, apresentando um ICER de R$ 51.369 (US$ 14.761) por vida salva no RJ. A ampliação da cobertura do TDO de 48 para 100% no RJ evitaria 130 mortes (17%), além de 395 casos extras de cura (5%) e reduziria 91 casos de abandono (6,11%), sendo necessário um investimento na ordem de R$ 6.700.000,00 pelo governo do estado. Contudo, para os casos multirresistentes, esta estratégia não se mostrou custo efetiva, devendo ser repensada a utilização do TDO para esses pacientes. Assim, o TDO se mostra uma estratégia importante na melhoria do panorama da TB no estado, porém, o governo deve reavaliar seu processo de implementação e registro, além do grupo de pacientes a serem incluídos na estratégia |