Quantificação e análise das emissões de gases de efeito estufa na indústria siderúrgica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gomes, Danielle Alves de Novaes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27200
Resumo: O efeito estufa é um fenômeno natural de suma importância para a vida na Terra: é responsável pelo processo de retenção de calor irradiado pela superfície terrestre, promovendo a manutenção da temperatura média do planeta. Porém, os efeitos de sua intensificação vêm ocasionando consequências sérias e indesejáveis. Pesquisas científicas mostram que a intensificação deste efeito natural nos últimos anos vem ocasionando mudanças climáticas, tornando o aquecimento global um assunto de urgência e destaque no meio científico. As atividades antrópicas vêm aumentando a concentração de gases de efeito estufa na troposfera, uma das camadas da atmosfera do planeta Terra. Este trabalho buscou identificar e quantificar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) de uma indústria do setor siderúrgico, onde mostrou-se extremamente importante visto a necessidade de se identificar, conhecer o perfil das emissões e quantificá-las para depois ser estudado pela organização um plano de ação efetivo. Como resultado, identificou-se que as emissões de Escopo 1 (emissões diretas da empresa compreendendo as categorias Combustão estacionária, Combustão móvel, Emissões fugitivas, Processos industriais e Efluentes) foram as maiores na indústria, representando mais de 89% das emissões totais, em CO₂ₑq. Dentre estas, a categoria Combustão estacionária teve grande representatividade, principalmente pelo uso do gás natural e, em segundo, do carvão vegetal. As emissões de CO₂ biogênico mostraram a importância de as organizações aderirem a biomassa como matéria-prima em seus processos, reduzindo, assim, suas emissões de GEE para a atmosfera. As Emissões de Escopo 2 (emissões indiretas, compreendendo a categoria Energia) representaram 10,87% do total das emissões em CO₂ₑq, isto porque a configuração da matriz energética brasileira colabora para este cenário. A metodologia abordada (GHG Protocol versão 2018.1.4) se mostrou positiva e satisfatória para o cálculo das emissões para um reporte maior (quantitativo anual). Porém, para que se alcançasse um controle diferencial que proporcionasse um indicador para a organização, foi necessário realizar uma adaptação da ferramenta para um reporte mensal, em que o resultado foi acertado e oportuno, atendendo aos interesses da empresa. Trabalhar visando a implantação de ações de melhorias no controle operacional, substituição de equipamentos por outros mais eficientes, buscando sempre a eficiência energética e do seu próprio processo, é a melhor alternativa para reduzir as emissões corporativas de GEE. A definição da estratégia a ser adotada dependerá da relação custo/benefício de cada ação e de sua significância.