Efeito escola na educação pública brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dias, Bruno Francisco Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Volta Redonda
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6442
Resumo: Esta dissertação teve por objetivo analisar o efeito-escola na educação pública básica nacional. A proposta foi verificar a importância e impacto dos fatores relacionados à escola no desempenho dos alunos da rede pública brasileira, a fim de que estes possam ser reforçados, incentivados e disseminados como meio de melhoria da educação básica brasileira. A escolha do tema se justificou pela necessidade de pesquisas que versem sobre educação básica no âmbito das Ciências da Administração, reforçados, inclusive, pelos órgãos de fomento desta área do conhecimento. Ainda, quanto a relevância e amplitude do tema, observa-se que a administração pública é responsável pela oferta de 38.682.720 vagas gratuitas, o que implica em gastos públicos anuais equivalentes a aproximadamente 8% do PIB nacional. Para atender os objetivos propostos, foram utilizados os dados do SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica – dos anos de 2013 e 2015 e os resultados do Ideb das escolas. A análise realizada com os dados da pesquisa diz respeito à dimensão da gestão da escola: perfil do diretor, gestão e ambiente. Cada uma dessas dimensões foi analisada individualmente e estratificada por grupo socioeconômico. Deste modo, foi possível verificar como determinada característica observada em uma das dimensões da escola afeta o desempenho de modo distinto de acordo com o contexto socioeconômico em que se encontra inserida a escola. Para tanto, empregou-se como procedimento metodológico, seguindo o modelo proposto por Coleman (1966), o método estatístico denominado qui-quadrado. Os resultados obtidos foram organizados em quatro níveis: significância, independência, direção e força. Observou-se que cada contexto analisado é influenciado por um conjunto distinto de variáveis, porém, fatores como ações para redução da evasão e abandono, assim como, capacitação dos diretores foram itens que predominaram como importantes em todos os grupos analisados. Enfim, verificou-se que, pelo menos, na escola pública brasileira, há evidências significativas que um mesmo aluno obteria níveis distintos de aprendizagem a depender da escola em que esteja matriculado. Em suma, as características da escola, a sua organização, as relações e práticas desenvolvidas pelo diretor, as práticas organizacionais escolares e o funcionamento da escola têm um efeito relevante sobre o desempenho estudantil.