Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Flores, Elio Chaves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/13223
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Resumo: |
República às Avessas: narradores do cômico, cultura política e coisa pública no Brasil contemporâneo (1993 1930) tem como objetivo saber as formas pelas quais cronistas e caricaturistas construíram representações cômicas da República na condição de intelectuais e produtores do humor político. A pesquisa questiona o pressuposto, considerado óbvio por humoristas e cientistas sociais, de que não existe humorismo a favor. Com efeito, ninguém ri das mesmas coisas, nem o sentido do risível é o mesmo em diferentes durações e culturas, visto ser produzido historicamente. Desta forma, procura-se perscrutar as motivações e as relações subjacentes que permeiam a cultura política da República a partir do traço e do verbo dos intelectuais do humor. Para isso, consideram-se como artefatos das representações e da discursividade dos cronistas e caricaturistas as tropologias do cômico, especialmente o humor, a sátira e a ironia. Nesse sentido, a charge e a crônica, duas categorias de fontes diárias ou semanais que tratam de fatos, personalidades e costumes políticos, são analisadas e interpretadas como linguagens nem sempre permissivas em outras formas de documentação histórica. Utiliza-se o método regressivo para trabalhar a duração da República, com a construção de uma narrativa às avessas, começando pela conjuntura que discute o retorno da Monarquia no plebiscito de abril de 1993 e terminando com os acontecimentos revolucionários de 1930. As hipóteses de trabalho permitem as seguintes considerações: a) os intelectuais do humor, como homens públicos, inseridos em círculos de cultura e postulantes de convicções estéticas e políticas não estão isentos de um humorismo simpático a certos modelos de República; b) inobstante, são os primeiros atores a se desencantarem com as supostas rupturas e novas fases do regime republicano; c) nos seus vínculos identitários e geracionais percebe-se o gosto dos narradores do cômico pela historicidade, chegando a elegerem cânones da tradição humorística contemporânea; d) por último, mas não menos importante, eles não desperdiçam as estratégias do cômico para inverter a lógica dos discursos e desistoricizar os eventos de uma história seguível. |