"Debaixo da floresta, tem gente": Rede Mocoronga, audiovisual e o cotidiano ribeirinho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Marcella Rodrigues Tovar da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16991
Resumo: Este trabalho tem como objeto de pesquisa a autorrepresentação audiovisual das juventudes ribeirinhas do Baixo Tapajós, tensionada pela atuação da Rede Mocoronga de Comunicação Popular. Parte-se da hipótese de que, ao participarem das ações implementadas pela Mocoronga, os jovens precisam olhar para si e para o cotidiano de suas próprias comunidades, produzindo subjetividades. Considerando a autorrepresentação como uma forma de resistência, eles fortalecem seu pertencimento e suas identidades, num movimento de resistir para (re) existir. O mundo mudou e é imperativo compreender que “de baixo da floresta, tem gente”. Contudo, para além, é essencial notar a emergência de iniciativas protagonizadas por indivíduos que constroem e circulam suas mensagens a partir “de dentro”. Apesar de não terem os direitos mínimos garantidos pelo Estado, os povos originários acompanham às dinâmicas sociais e os avanços tecnológicos na Amazônia. O Coletivo Jovem Tapajônico emergiu nesse contexto e reafirma o potencial da mídia participativa, de forma autônoma e independente da própria Rede. Em coexistência, os dois projetos apostam em novos modos de comunicar para constituírem narrativas periféricas. Para analisar os processos comunicacionais dos jovens ribeirinhos neste percurso, utilizamos como aporte teórico os conceitos da Comunicação Comunitária, propondo uma análise a partir das ondas ou gerações em que se construiu esse campo de ação e reflexão. Recorre-se, como técnicas de coleta de dados, à observação participante, à pesquisa bibliográfica e documental e às entrevistas de profundidade.