Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Verdeal, Juan Carlos Rosso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9150
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Resumo: |
Com o objetivo de estudar os modelos de decisão sobre medidas de suporte à vida em pacientes incapazes foram realizadas quarenta entrevistas com médicos de unidades de terapia intensiva em hospitais públicos e privados do Rio de Janeiro. A pesquisa utilizou um caso real vivido pelo médico entrevistado e um caso teórico previamente publicado. Os modelos de decisão foram analisados sob a ótica do principialismo biomédico de Beauchamp e Childress e da bioética convergente de Maliandi e Thüer. Nenhuma decisão foi tomada baseada no modelo de autonomia pura, pela ausência de diretivas antecipadas de vontade. Apesar de existirem informações que permitiriam o julgamento por substituição para cerca de metade dos casos, muitas vezes as decisões contrariaram os desejos dos pacientes contrapondo os princípios da autonomia aos da beneficência e não-maleficência. A decisão pelo melhor interesse foi predominante para a definição de medidas de suporte, em clara opção pelos princípios da beneficência e não-maleficência sobre a autonomia. O modelo paternalista foi mais frequentemente utilizado que a decisão compartilhada. A análise das entrevistas permitiu a identificação de duas categorias temáticas não definidas previamente no protocolo do estudo: a decisão por acomodação e a prática da medicina defensiva. A maioria dos entrevistados reconheceu a existência de disparidades nos modelos de decisão praticados nas unidades de terapia intensiva do serviço público e privado. A decisão paternalista foi mais frequente nos hospitais públicos. As respostas sobre o caso teórico apontaram como modelo preferencial a decisão compartilhada contrariando os resultados das entrevistas sobre os casos reais. A comparação entre cenários reais e teóricos pode ter provocado um viés nesta análise. Em comparação com o principialismo biomédico, a análise das condutas pela bioética convergente pareceu enriquecer a discussão ética ao não anular nenhum princípio em choque como técnica para solucionar conflitos. Para tal, a aplicação do metaprincípio da convergência, enquanto instrumento para compatibilizar os princípios em conflito, buscou decisões em maior sintonia com a inevitável conflitualidade do ethos |