Avaliação da qualidade da água da Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro-RJ, entre os anos 2012 e 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Monteiro, Eduardo Dias Rego
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28936
Resumo: A Prefeitura do Rio de Janeiro atualmente monitora e qualidade da água da Lagoa Rodrigo de Freitas composto por seis estações (LRFs 1 a 6), dispersas espacialmente no espelho d’água e medindo parâmetros físico-químicos, nutrientes e colimetria, esta última coletada in situ, em frequência e profundidades diversos. A partir desse banco de dados, foi possível avaliar a qualidade da água da Lagoa Rodrigo de Freitas (LRF) aplicando os Índices O’Boyle e TRIX, além de identificar padrões de variações mensais, sazonais, interanuais e espaciais monitorados continuamente entre 2012 e 2019. Para atingir a esse objetivo, aplicou-se uma abordagem estatística. As águas do diminuto e raso corpo d ́água da LRF são bem misturadas, devido à convecção térmica, os ventos e passagens de frentes frias, bem como as turbulentas enxurradas da drenagem da bacia. Além disso, foram observados dois regimes distintos modulados pela hidrografia da bacia, o período seco e o período chuvoso. Tendências interanuais denotam a importância crescente da drenagem continental como fonte alóctone de nutrientes, principalmente das formas nitrogenadas, coliformes totais e e. Coli, estes provindos de esgoto doméstico lançados na microdrenagem da bacia hidrográfica. Já as formas fosfatadas são principalmente oriundas de fonte autóctone, pois a resiliência do sistema lagunar parece ter sido quebrada e, provavelmente, os sedimentos já se tornaram fonte de nutrientes para a coluna d ́água. Mais ainda, é exposto a constante presença e tendência crescente de sulfeto na coluna d’água, implicando que o ambiente está se tornando redutor. Ambos os índices classificam o corpo hídrico como eutrófico. É importante ressaltar que, com o desenvolvimento e barateamento tecnológico, tornou-se muito mais fácil, rápido e barato monitorar parâmetros físico-químicos com alta frequência, o que confere grande aplicabilidade e confiabilidade ao índice O ́Boyle. Todavia é o índice TRIX que melhor consegue perceber nuances metabólicas associadas à assimilação (fotossíntese) e liberação e de nutrientes inorgânicos dissolvidos na coluna d’água, não só pela respiração como também pela desnitrificação. Sob a ótica legislativa, as águas da laguna são classificadas como salobras de classe III segundo CONAMA 357 na maior parte do período monitorado, havendo momentos em que nem essa classificação seria possível.