A experiência turística da população em situação de rua da cidade de Niterói-RJ: horizontes possíveis para o turismo social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Eugenio, Jordania de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8127
Resumo: Defender que o turismo precisa ser empreendido por meio de políticas públicas, como um direito social, e não somente em favor dos benefícios econômicos, é como estar na contramão do imaginário e do que esta atividade representa no mundo globalizado. Aproximar este fenômeno da experiência com a população em situação de rua (alvo de inúmeros preconceitos) parece ser ainda mais contraditório, visto que, este grupo social muitas vezes ocupa espaços públicos que são destinados ao turismo, visto como prejudicial a estética urbana das cidades. Neste sentido, este trabalho propõe refletir de que forma a experiência turística, na perspectiva do lazer, pode intermediar as relações sociais entre a população em situação de rua usuária do Centro Pop de Niterói - RJ, com a região metropolitana do Rio de Janeiro. A aproximação com esta instância municipal de assistência social ocorreu através do Projeto Turismo Social da Universidade Federal Fluminense, que oferece acesso a experiência turística aos alunos e funcionários da UFF, bem como à comunidade externa que não possui condições socioeconômicas. Ao longo do trabalho busco estabelecer uma relação entre a prática do turismo social, entendido como forma de possibilitar o acesso a experiência turística por pessoas que não possuem condições financeiras e sociais de acessá-la, e o conceito de Hanna Arendt (2004) sobre “o direito a ter direitos”; pois, para esta população, é negado até mesmo o direito básico de ir e vir. Nesta perspectiva, adotando como abordagem científica bases etnográficas de investigação, há evidências que a (re) descoberta da cidade através do turismo, pela população em situação de rua, pode proporcionar além de novas relações sociais, a ativação de memórias pessoais e afetivas, que funcionam para estes indivíduos como meio de resistência à condição de rua