A geografia da Responsabilidade Social Empresarial (RSE): a falsa generosidade para a gestão das tensões espaciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Machado, Thiago Adriano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33851
Resumo: Nas últimas quatro décadas as empresas têm assumido tarefas diferentes daquelas que lhe são tradicionais. A participação das empresas em programas sociais e ambientais faz parte do que se convencionou chamar de responsabilidade social empresarial, ampliando práticas de filantropia e a intervenção em questões que anteriormente eram de responsabilidade exclusiva de governos. O objetivo desse trabalho é o de produzir uma crítica geográfica a tal fenômeno partindo das tensões espaciais. Compreende-se, portanto, que a responsabilidade social é uma técnica política do arsenal que o capital emprega para resolver e superar as tensões espaciais que lhe restringem ou impedem o pleno processo de acumulação do capital. A responsabilidade social é, desse modo, entendida como uma falsa generosidade, ou seja, uma “generosidade” que tem por intento a manutenção da relação de opressão e dominação. Investiga-se, assim, o desenvolvimento de tal gestão das tensões espaciais no Brasil, desde o início do processo de industrialização no fim do século XIX, passando pelo período de estabelecimento da hegemonia burguesa nacional até o período neoliberal no qual a responsabilidade social se desenvolve em sua plenitude.