O comissário real Martinho de Mendonça: práticas administrativas na primeira metade do século XVIII

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cavalcanti, Irenilda Reinalda Barreto de Rangel Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16890
Resumo: Este estudo pretende acompanhar a trajetória de Martinho de Mendonça de Pina e de Proença (1693-1743), um Comissário Real enviado para auxiliar os governadores da porção sul da América Portuguesa, nos meados da década de 1730. Seguindo suas variadas experiências no serviço do Rei, consegue-se perceber duas veredas que se entrecruzam. Em uma se encontram as iniciativas da Coroa, que tentava melhorar suas práticas e métodos, visando aprofundar o controle governamental no reino e no ultramar, em especial na América Portuguesa. Na outra, caminha com o letrado, durante a estadia em Coimbra, e depois na viagem pela Europa e no retorno a Portugal, quando passou a frequentar a Corte, as Academias de Letrados, e os corredores do palácio real, exercendo diversificadas funções. As duas veredas se unem nas muitas iniciativas de governação da Coroa que aproveitavam os melhores recursos administrativos e intelectuais do momento, representados por homens que reuniam em si habilidades militares e letradas. Para entender o momento em foco, analisa-se o papel da cultura escrita na governação e as crescentes exigências para nomeação de funcionários, tudo permeado pela cultura política neotomista e corporativa, que recomendava aos altos funcionários o uso da concórdia e da prudência para a consecução dos objetivos administrativos. A segunda parte da pesquisa concentra-se nas experiências vivenciadas por Martinho de Mendonça em diversas funções e principalmente, nas Minas, aonde permaneceu por três anos e três meses, exercendo os cargos de Comissário e de Governador Interino. Durante o exercício dessas ocupações, ele teve oportunidade de colocar em prática suas habilidades letradas, muitas vezes requisitadas para resolver os problemas surgidos na capitania mineradora, sendo o seu maior desafio a debelação dos motins eclodidos nos sertões do Rio S. Francisco, em 1736. Para empreender a pesquisa, empregamos fontes impressas e manuscritas depositadas no Arquivo Ultramarino, na Torre do Tombo, no Arquivo Público Mineiro, na Biblioteca Nacional de Lisboa, no Real Gabinete Português de Leitura.