Favela como paisagem na produção fílmica da série Cidade dos Homens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santana, Fábio Tadeu de Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28075
http://dx.doi.org/10.22409/POSGEO.2018.d.03741807761
Resumo: O estudo da paisagem não é um elemento novo na Geografia, mas a sua compreensão a partir da produção fílmica merece atenção especial, devido às leituras de caráter conservador que embaçam a visão e o entendimento da realidade socioespacial. Recentemente, a produção cinematográfica brasileira alcançou uma grande repercussão nacional e internacional ao reincorporar na sua leitura imagética a estética da violência, muito comum quando o assunto se refere aos espaços precariamente incluídos. As favelas que sempre foram objeto de estudo acadêmico das ciências humanas ganharam grande visibilidade, haja vista o número de obras cinematográficas produzidas nas duas últimas décadas, nas quais a favela e seu cotidiano compuseram o “cenário fílmico ideal”. Essas produções de grande repercussão reforçaram as representações simbólicas negativas, reafirmando estereótipos e estigmas. É a partir dessas contradições envolvendo tais representações e a construção simbólica da paisagem da favela e de seus moradores, que propomos desvelar a visão conservadora-hegemônica. Assim, este trabalho tem por objetivo analisar a percepção e representação simbólica da paisagem da favela na produção fílmica da série Cidade dos Homens e o processo histórico-geográfico de construção de aspectos socioespaciais negativos que reforçam os estereótipos e os estigmas associados aos espaços populares, propondo uma leitura crítica dos símbolos contidos na paisagem diegética do cinema.