Direitos humanos e ação política no regime empresarial-militar: o ministro da justiça Alfredo Buzaid e a negação da representação no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Campos, Paulo Jorge Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28131
Resumo: Esse trabalho intentou investigar a ação política de elementos do Estado estrito, durante o governo Médici, em criar uma campanha que negou as violações aos direitos humanos praticadas pelo Estado Brasileiro, entendidas enquanto campanhas de difamação. Como se pretende fundamentar, tal investimento, através do ministro da justiça, Alfredo Buzaid, se destacou como elemento momentâneo, porém estratégico, que objetivou a formação de consenso passivo no regime empresarial-militar. Para compreender sua engrenagem, planejou-se averiguar a formação intelectual e o trabalho bibliográfico desse ministro, de forma a identificar sua visão de mundo e sua atuação na esfera pública e privada. Adiante, propôs-se pesquisar o trabalho do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, órgão vinculado ao Ministério da Justiça; e a incumbência da formulação do chamado “dossiê Buzaid” – documento que, de maneira tão imperativa como pouco crível, ratificou que o Brasil não apresentava presos políticos ou tortura. Essas investidas, ineficazes enquanto promotoras de consenso, revelam não somente as convicções de altos funcionários do Estado, como dinâmicas internas e externas do período ditatorial.