Imagem, memória e alegoria na ficção de Chico Buarque

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Perez, Tânia Maria de Mattos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8763
Resumo: A presente pesquisa visa analisar a obra ficcional de Chico Buarque composta pelos romances: Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003) e Leite Derramado (2009), com o propósito de interpretar, alegoricamente, as histórias de ruínas dos sujeitos buarquianos, segundo a concepção moderna da alegoria barroca de Walter Benjamin. Pretende-se sublinhar, na tessitura dos romances de Chico Buarque, os elementos constitutivos da alegoria barroca e moderna de Walter Benjamin, especialmente, dois conceitos fundamentais que se entrelaçam: a alegoria e a melancolia. A melancolia faz parte da alegoria, e esta é a sua manifestação primordial, em que o efêmero e o eterno se aproximam. A melancolia resulta da consciência da perda e da transitoriedade das coisas. A ambiguidade, o luto e a morte são outros elementos constitutivos da escrita alegórica e estão presentes nas histórias dos sujeitos fragmentados, em crise de identidade, melancólicos e inadaptados ao mundo globalizado, midiático, capitalista e violento da contemporaneidade. Observa-se, ainda, a escrita contemporânea, imagética e cinematográfica do escritor, sobretudo a questão do olhar e da memória nas narrativas